Sejusp afirma que greve de fome entre presos da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires continua

Por Da Redação

Familiares ficaram na porta da penitenciária protestando até durante a tarde e a noite dessa quinta-feira (27)

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou por meio de nota que a greve de fome dos presos da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires continua nessa sexta-feira (28), com adesão inferior a 50% dos internos. O movimento foi iniciado na quinta-feira (26) e teve, inclusive, registro de queima de pedaços de colchão, na quinta-feira (27), conforme confirmou a Sejusp.

Na noite da quinta-feira (27), um grupo de familiares realizou protesto na frente da unidade, pedindo a melhoria das condições para os detentos. De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Juiz de Fora, há dois pontos principais na reivindicação dos presos e das famílias, que são: o aumento do horário de visitas, conforme ocorriam no período anterior à pandemia.

Segundo a Comissão, com a demora que se forma na fila de entrada, as visitas podem durar menos de duas horas. Outro ponto solicitado é a entrada de todos os itens de complementação, sem limitação por sacola. O grupo salienta que o  Regulamento e Normas de Procedimento (ReNP) garante que todos os itens listados entrem.

A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Subseção Juiz de Fora da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também esteve presente durante o protesto. A situação é acompanhada por ela e encaminhamentos continuam sendo enviados para as Secretarias responsáveis.

Em nota encaminhada anteriormente pela Sejusp, a equipe do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) busca uma rápida resolução do movimento. Ainda de acordo com a pasta, as reivindicações, até o momento, afetam a importantes questões para a segurança, como diminuição das revistas.

A Sejusp, também ressaltou que  as mortes ocorridas na unidade Ariosvaldo Campos Pires seguem em investigação pela Polícia Civil por se tratarem, preliminarmente, de mortes decorrentes de autoextermínio." A pasta está atenta ao dado, mas não pode, ainda, emitir qualquer avaliação até que se tenha clareza das circunstâncias do ocorrido em cada caso."

 

 

 

 

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