PJF rompe contrato com empresa responsável por ambulância envolvida em acidente que matou 5 pessoas

Acidente foi registrado na BR-040, perto de Santos Dumont. A Guardiões Resgate também foi multada pelo Executivo após fiscalização no serviço prestado e também por agentes da Vigilância Sanitária. A reportagem procurou a empresa.

Por Redação

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O contrato com a empresa Guardiões Resgate foi rompido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) após irregularidades. A informação foi confirmada pelo Executivo à reportagem nesta quinta-feira (8). Em dezembro, um acidente envolvendo uma ambulância da empresa deixou cinco pessoas mortas.

O Portal Acessa.com procurou a empresa para se posicionar e aguarda retorno.

Em nota, a PJF explicou que realizou fiscalização no serviço prestado pela Guardiões e também por agentes da Vigilância Sanitária. A decisão por romper o contrato foi tomada após essa fiscalização, além de multar a empresa. O valor dessa multa não foi revelado.

"A PJF iniciou imediatamente processo de contratação emergencial de um novo serviço de transportes. Não haverá prejuízos aos usuários", finalizou a nota.

Acidente e irregularidades

No dia 21 de dezembro, a ambulância, que transportava uma mulher grávida, o marido, uma médica e enfermeira, além do motorista, voltava de Belo Horizonte para Juiz de Fora quando, na BR-040, perto de Santos Dumont, bateu em uma carreta. Todos os ocupantes morreram.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista perdeu o controle da direção, invadiu a contramão e bateu de frente com a carreta; chovia na ocasião. No momento do acidente, condutor, médica e enfermeira morreram.

A mulher grávida de sete meses e o marido foram encaminhados ainda com vida para o Hospital de Santos Dumont, mas não resistiram e morreram, assim como o feto.

Após o acidente, a PRF informou que o veículo não podia circular, pois estava com o licenciamento vencido, o último era de 2021.

"Um veículo, ainda que à serviço da saúde, como uma ambulância, não possui ressalvas quanto ao licenciamento", disse o policial rodoviário federal Junie Penna à reportagem na época.