Funcionários do HSBC querem revisão no repasse de lucros

Vinte e dois dias após o fim da greve dos bancos privados, os funcionários do HSBC em Juiz de Fora voltam a manifestar. Os serviços da agência bancária estiveram paralisados nesta sexta-feira, dia 30 de outubro, até as 12h, em protesto à manipulação na participação dos lucros e resultados (PLR).

Segundo o diretor de imprensa do Sindicato dos Bancários, Carlos Alberto de Paula, o banco repassou a parcela de cerca de R$ 209 para cada um dos 24.500 funcionários. "Em seis meses, o banco teve um lucro líquido de R$ 2,1 bilhões, mas fez uma manobra fiscal e contábil e provisionou o montante de R$ 250 milhões. Ou seja, a porcentagem de 2%, que compreende a divisão dos lucros, foi baseada em R$ 5 milhões e não em R$ 42 milhões."

Se a situação não for revista, existe a possibilidade de os bancários entrarem em greve por tempo indeterminado na próxima semana. Funcionário do HSBC há 25 anos, Carlos Alberto ressalta que não é a primeira vez que o banco faz isso. "Em 1998, o banco deixou de pagar a PLR e usou o recurso nas despesas da mudança de layout e de estruturação das agências."