Especial Segurança em Juiz de Fora
Aumento do ?ndice de viol?ncia assusta a popula??o
Ludmila Gusman
16/01/02
S? no princ?pio deste ano, em menos de quinze dias, uma quadrilha invadiu tr?s resid?ncias, a pol?cia registrou estupros no bairro Aeroporto, assassinato de empres?rio, assaltos no Mariano Proc?pio, invas?es em resid?ncias em plena luz do dia, homic?dios no Santa Helena, furtos e roubos no S?o Pedro. Como se n?o bastasse, cinco homens renderam uma fam?lia, no Granbery, assaltantes invadiram ?nibus urbanos e, no Recanto dos Lagos, os ladr?es trocaram tiros com um seguran?a.
Um levantamento realizado pela Pol?cia Militar revela que o n?mero de assaltos ? m?o armada em resid?ncias aumentou 60%, em rela??o aos tr?s ?ltimos meses do ano passado. De novembro de 2001 a janeiro de 2002 foram registrados oito casos. O n?mero de ocorr?ncias tamb?m subiu de 106 mil, em 2000, para 115 mil em 2001. As estat?sticas mostraram ainda que os crimes chegaram a quase 24 mil no ano passado. Confira no gr?fico abaixo o levantamento da PM, nos tr?s ?ltimos anos:
Leia mais:
- Reestrutura??o da atividade policial
- Cidade Alta ? alvo dos bandidos
- Policiamento nos bairros
- Preju?zos aos comerciantes
- Saiba como voc? pode ajudar a pol?cia
A primeira medida ser? investir no policiamento comunit?rio. Existem hoje 32 postos distribu?dos pelos bairros da cidade. A
inten??o ? capacitar o efetivo e disponibilizar mais equipamentos
(computador, r?dio, telefone). A aquisi??o de novas viaturas tamb?m est? nos
planos da PM.
Atualmente, das 140 radiopatrulhas existentes, 30% ficam paradas devido a
falta de efetivo, o que
"torna dif?cil melhorar a cobertura policial nas regi?es e diminuir o tempo
de atendimento das ocorr?ncias", ressalta. Segundo ele, a pol?cia
pretende adquirir cerca de mais 15 autom?veis para intensificar a
fiscaliza??o, al?m de outros 40 homens, somados aos 1.800 do efetivo atual.
O coronel garante que os novos projetos est?o previstos para se
concretizar a m?dio prazo. "O objetivo ? levar a pol?cia mais perto do
cidad?o, para que as pessoas possam participar das atividades, assessorando
e ajudando a pol?cia a fazer o melhor", diz. Conhe?a algumas propostas da
Pol?cia Militar: Para controlar a viol?ncia, o comandante diz que os policiais intensificam a
fiscaliza??o, atrav?s dos contatos comunit?rios. Ele acredita que a sa?da
para diminuir os crimes est? no bom relacionamento entre policiais e
moradores. "N?o adianta colocar policiais na rua, se a popula??o n?o tomar
medidas preventivas e n?o colaborar com a Pol?cia Militar", declara. Os planos da PM, nesse aspecto, est?o em aumentar o n?mero de postos de policiamento comunit?rios e os Conselhos de Seguran?a P?blica, como
j? existem no centro e outros bairros da cidade. "O caminho ? esse. Queremos
envolver a comunidade para juntos buscarmos a melhor solu??o", avalia. O comandante diz que, na cidade
Alta , a pol?cia
possui um efetivo de 25 policiais. "Acho que ? suficiente desde que os
policiais ajam de maneira inteligente", comenta.
Policiamento nos bairros O presidente da SPM do bairro Aeroporto, Paulo
Roberto Botti, ressalta que o que mais incomoda aos moradores do bairro ? a
falta de ilumina??o. Ele tamb?m acredita que o policiamento ? prec?rio e diz
que os moradores precisaram mudar os h?bitos, devido ao grande n?mero de
assaltos na regi?o. "Temos medo de sair ? noite, n?o vivemos com
tranq?ilidade, ? precido provid?ncias imediatas", alerta. Para a assessora de comunica??o social da PM, major Tereza Ribeiro, o
reestruturamento das a?es da pol?cia, que inclui a descentraliza??o do
efetivo, vai conseguir atender ?s necessidades da popula??o. Ela diz que a
tend?ncia da PM hoje ? se tornar comunit?ria e tratar a raiz dos problemas.
"N?s percebemos que cada bairro j? possui sua autonomia, atrav?s de uma
estrutura descentralizada e a Pol?cia Militar tamb?m est? seguindo esse
caminho". O ?ndice de viol?ncia ? constatado tamb?m pr?ximo ?s casas noturnas. E, cada
vez que acontece algum incidente, os propriet?rios levam preju?zos. O fato
pode ser comparado com a ocorr?ncia dos estupros, no bairro Aeroporto,
quando duas mulheres sa?am de uma boate. Elas foram rendidas por jovens que
se fizeram passar por flanelinhas e cometeram a viol?ncia. O gerente do Aero Pub (Rua
W,100 - Aeroporto), Frederico Andrade diz que, ap?s o epis?dio, o movimento diminui.
"Por mais que pedimos atitudes elas n?o acontecem imediatamente, ent?o n?s mesmos
resolvemos agir. J? colocamos holofotes nas ruas por causa da escurid?o e
contratamos mais dois seguran?as para ficarem fora da boate e acompanhar as
pessoas que est?o sozinhas at? os carros", conta. De acordo com o presidente da Associa??o Brasileira de Restaurantes e
Empresas de Entretenimento (Abrasel/JF), Edson Souza, o movimento das casas
noturnas caiu de 20% a 30%, em bairros afastados da regi?o central, neste
per?odo de viol?ncia intensa. O estupro no bairro Aeroporto levou os propriet?rios de casas
noturnas e comerciantes a reivindicarem, al?m de policiamento, a legaliza??o
dos flanelinhas. Eles est?o discutindo a?es mais dr?sticas nesse aspecto.
Uma das propostas ? a cria??o de uma associa??o para organizar o trabalho da
categoria nas ruas. Representantes da Pol?cia Militar, vereadores,
autoridades ligadas ? pol?tica social e urbana e Minist?rio P?blico j? se
reuniram para tratar a quest?o. O comandante do 27? Batalh?o, tenente coronel Vale, diz que essa atividade
n?o pode ser proibida pelo pol?cia, por se tratar de uma atividade informal,
mas que ao mesmo tempo "o cidad?o que se sentir constrangido deve acionar a
pol?cia, uma vez que ele n?o ? obrigado a pagar para tomar conta do
carro". Saiba como voc? pode ajudar a
pol?cia As medidas preventivas s?o a melhor sa?da. A comunidade pode ajudar com
atitudes simples e importantes. Deixar o carro aberto, n?o trancar direito a
porta, n?o se preocupar com a seguran?a de sua casa e outros descuidos
facilitam as a?es dos bandidos. Para evitar esses transtornos, confira
algumas dicas de seguran?a:
Cidade Alta ? alvo dos
bandidos
ATENÇÃO: os resultados destas enquetes não t?m valor de amostragem científica e se referem apenas a um grupo de visitantes do JF Service.
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