Sindicatos e trabalhadores analisam o projeto de lei que pretende ampliar o hor?rio de trabalho da categoria
Chico Brinati
Colabora??o
18/08/2005
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A Mensagem apresenta o novo projeto de
lei do C?digo de Posturas do Munic?pio. Dentre as mudan?as
apresentadas, uma causa pol?micas discuss?es entre donos e empregados
do com?rcio de Juiz de Fora: o hor?rio livre de funcionamento. Embora o projeto n?o tenha prazo determinado para ser votado, a tend?ncia ?
que seja aprovado at? o fim do ano pelo Legislativo. Enquanto o Sindicato dos Comerci?rios questiona a aplica??o dos direitos do
trabalhador ap?s a aprova??o da lei, o sindicato patronal v? a amplia??o do
hor?rio como um avan?o para a cidade.
"? preciso avan?ar" Contudo, ele ressalta que, mesmo com a nova lei em vigor, os estabelecimentos
podem optar por abrir ou n?o em hor?rios diferenciados. "Abre quem quer.
Algumas empresas t?m a necessidade de abrir aos domingos, pois est?o
perdendo os outros clientes para alguns setores que vendem de tudo, como os
supermercados, por exemplo", diz. O objetivo, segundo Oddone, ? que o com?rcio possa aumentar seus tributos e
empregos para a cidade. "Outras cidades j? modificaram o hor?rio e v?m
obtendo bons resultados", relata. Para ele, ser? necess?rio, num primeiro
momento, "criar uma cultura de com?rcio aos domingos entre os juizforanos,
tendo que investir pesado em publicidade, para isso". Ele defende a cria??o de turnos no com?rcio com a contrata??o de novos
trabalhadores, mas diz ser pouco prov?vel que isso ocorra logo no in?cio.
"Acredito que, em princ?pio, as lojas v?o estabelecer uma escala e, com os
resultados aparecendo, v?o melhorando a estrutura", diz. A lei, para ele, ? um avan?o para a cidade. "O
centro de Juiz de Fora ? um shopping a c?u aberto, com uma intensa
variedade de lojas e produtos. Muitas pessoas que trabalham n?o t?m tempo
para ir ?s compras, pois saem de casa de manh? e voltam ? noite. Precisamos
analisar isso", conclui. Wagner alega que, mesmo nas "datas estrat?gicas" para o com?rcio (os s?bados
com lojas abertas at? ?s 18h, v?speras de P?scoa, dia das m?es, dos
namorados e dos pais, al?m do dia das crian?as, no pr?ximo dia 12/10) desse
ano, o movimento foi pouco. "No dia dos pais, chegou 15h e acabou o
movimento", diz. Segundo ele, o sindicato dos trabalhadores quer a cria??o de turnos, com a
gera??o de empregos. "Se contratarem novas pessoas, mais m?o-de-obra que
est? fora do mercado para trabalhar aos finais de semana, sem abusar do
trabalhador que a? est?, pode-se trabalhar at? de 6h ?s 22h, n?o tem
problema", afirma. Para Wagner, a preocupa??o maior seria a "escraviza??o" do empregado.
"O empregado n?o pode conviver com o risco de ser mandado embora, se n?o fizer
hora extra. Com essa nova lei, o que est? acontecendo, ent?o? O comerci?rio est? ficando intranq?ilo.
Agora, se cumprirem as lei da CLT, pagando a hora extra, tudo bem", diz. Ele
alega que o n?o pagamento pelas horas a mais no trabalho ? a maior causa de
reclama?es dos empregados junto ? Justi?a. O problema, para ele, n?o ? a falta de um hor?rio alternativo para ir ?s
compras. "O com?rcio pode ficar aberto 24h, em Juiz de Fora, o que falta n?o
? hor?rio, o que falta ? demanda. Isso vai pesar no bolso do empregador",
confirma. Wagner defende uma pesquisa no munic?pio para verificar se ?
necess?rio o com?rcio abrir aos domingos. "As lojas da cidade que abrem domingo est?o levando preju?zo. Em Belo
Horizonte, desde os anos 90, o com?rcio abre aos domingos, a maioria deles
fica fechado, s? abrem lojas em shoppings ou em locais estrat?gicos",
informa. Para Wagner, ? necess?rio que o com?rcio juizforano avance, mas sem prejudicar
as pessoas empregadas nele. "O que queremos ? uma negocia??o maior com o
sindicato patronal. Temos que avan?ar sem radicalizar, sem escravizar o
funcion?rio. N?s n?o somos contra o progresso, e sim a favor dos
trabalhadores", completa. Segundo ele, as lojas ter?o preju?zo. "Vai ter muito gasto, a gente vai
acabar pagando para trabalhar", completa. Nilton n?o v? contrata?es a
princ?pio. "V?o ser os mesmos empregados que est?o a?", relata.
A pol?mica ? antiga, leia mais:
"? preciso negociar"
Paulo concorda com o gerente. Para ele, com experi?ncia de mais de 30 anos
de profiss?o, isso vai sobrecarregar o funcion?rio. "? ruim para ele e
para sua fam?lia. No final de semana, as pessoas querem ficar em casa,
descansar, ver um futebol e, com isso, n?o v?o poder", conclui.
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