JF Hoje
Velhinho com hist?ria
Quando jovem, principalmente nas d?cadas de 30 e 40, o Tupi n?o dava chances aos seus advers?rios da cidade. Tanto que, no per?odo do futebol profissional, o Galo conseguiu, em 30 anos, 17 t?tulos, provando sua superioridade dentro dos gramados. Mas foi algum tempo depois, mais precisamente entre os anos de 1965 e 1966, que o j? "cinq?ent?o" Carij? fez hist?ria fora daqui.
E fez sucesso com a fama de incomodar. Naquele ano, o hoje o "senhor" posou de inconveniente e mal visitante. Depois de vencer o Cruzeiro de Tost?o, Dirceu e Piazza por 3 a 2 em Juiz de Fora, recebeu o convite para encarar o Atl?tico-MG no Mineir?o. Mesmo na casa do advers?rio n?o se intimidou e venceu por 2 a 1. A? foi a vez do Am?rica-MG convidar o Carij?, que repetiu o placar: 2 a 1. Mais uma vez o Cruzeiro fez o desafio, dessa vez no Mineir?o. E o inacredit?vel naquela altura aconteceu: Galo 2 a 1 novamente, completando o passeio sobre a trinca de ases do futebol da capital. Foi assim que o "senhor" ficou conhecido como o "Fantasma do Mineir?o".
Vem dessa ?poca n?o s? a inspira??o como um ingrediente importante desse processo de recupera??o do Tupi. Geraldo Magela Tavares era o t?cnico daquele time que derrubou os grandes de Minas e atuar? agora como coordenador geral do projeto "Tupi 100% Juiz de Fora".
Recursos finceiros
Hoje, a legisla??o obriga que a Prefeitura repasse uma verba de R$ 11 mil para o clube, mas a tend?ncia ? de que o "sal?rio" carij? aumente.
O prefeito Alberto Bejani at? chegou a enviar para C?mara um projeto que propunha uma eleva??o desse valor para R$ 20 mil, dando ainda um recurso extra de R$ 50 mil para o Tupi. Mas os desentendimentos com os vereadores acabaram prejudicando o projeto. A C?mara aprovou um texto diferente, que a Prefeitura considerou invi?vel. O legislativo at? promulgou a lei, mas uma liminar solicitada pela Prefeitura derrubou a decis?o. Agora, a administra??o vai enviar novamente a mesma proposta de aumento da verba. Dessa vez, o Galo promete levar a fam?lia toda para a C?mara para for?ar uma aprova??o.
O restante do custo de vida do Galo ser? coberto atrav?s da obten??o de
patrocinadores. O trunfo que o Carij? tem para conseguir as verbas que n?o
conseguiu em outros tempos ? a dedutibilidade no Imposto de Renda das
empresas apoiadoras.
De acordo com Marco Aur?lio Saggioro, a parceria consultou a Receita
Federal sobre essa possibilidade e saiu confiante de que, com isso, o
dinheiro vai come?ar a pingar na conta Carij?. Al?m disso, Marco Aur?lio e o
presidente Monteiro acreditam que a presta??o de contas, com um balancete
mensal enviado ? C?mara, ? Prefeitura e aos patrocinadores v?o ajudar a
recuperar a credibilidade do velhinho preto e branco, que ganhou fama de dever muito e n?o saber administrar o dinheiro.
A not?cia que o torcedor tanto espera ainda n?o chegou. Ele quer saber
quando o time come?ar? aos trabalhos e voltar? a campo. ? certo, no entanto,
que n?o pode demorar, j? que o Campeonato Mineiro do M?dulo II, o primeiro
desafio, come?a no dia 5 de fevereiro. Por isso o prefeito Alberto Bejani j?
at? cogitou a hip?tese de um jogo-treino entre o novo Galo e o Fluminense,
que deve estar na cidade entre os dias 4 e 14 de janeiro do pr?ximo m?s.
Embora com o prazo curto, Marco Aur?lio Saggioro ressalta que o time ir? ?
luta.
"O tempo ? curto para entrar no M?dulo II do Mineiro, mas o prazo previsto
para entrar no M?dulo II do Campeonato Brasileiro. O projeto ? s?rio e
transparente e o objetivo ? colocar o Tupi na S?rie B do Brasileiro. Temos
certeza de que vamos levar o Tupi at? l?", explica Marco Aur?lio, j?
ressaltando que a ida para a Segunda Divis?o da competi??o nacional ? o
grande objetivo do Galo para os pr?ximos anos.
Mas se o "senhor" alvinegro busca passar dessa para uma melhor, no bom sentido da
express?o, o sonho de voltar tamb?m ? Primeira Divis?o do Campeonato Mineiro est?
aceso na cabe?a dos apaixonados pelo clube. S? assim o Carij? poder? poder?
ser o antigo e bom velhinho, para quem sabe ao final de 2006 ter dado aos
seus torcedores um um verdadeiro presente de Natal.
A volta aos campos