Pol?cia civil paralisa atividades nesta quarta

Policiais em protesto Polícia Civil inicia greve nesta quarta, enquanto Polícia Militar realiza operação "Cana Zero"

As polícias mineiras se preparam para uma mobilização conjunta nesta quarta, dia 02, em busca de melhores condições de trabalho e do reajuste de 19,66% para cobrir as perdas salariais.

Após um protesto que reuniu cerca de 2.100 policiais civis, em Belo Horizonte, na última sexta-feira, a categoria decidiu pela greve e obteve o apoio da Polícia Militar.

Os policiais civis e os agentes penitenciários anunciaram que 70% do seu efetivo estarão paralisados, cumprindo a escala mínima de 30%, a partir do dia 02.

De acordo com o presidente do Sindicato de Policiais Civis de Minas Gerais (Sindipol), Antônio Marcos Pereira, o movimento está sendo estruturado para que não haja perda dos serviços essenciais realizados pela polícia. "Faremos uma greve dentro da legalidade e vamos tentar o máximo de adesão em todo o estado", esclarece.

Em Juiz de Fora, a previsão é de que a 7ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro Santa Terezinha, e o 1º Distrito Policial, no bairro São Mateus, funcionem parcialmente, oferecendo somente os serviços básicos, que devem ser designados pelo comando de greve, mas ainda não divulgados. "Vamos atender as demandas com 1/3 do pessoal", afirma o delegado Marcelo Armstrong, representante regional do Sindipol na Zona da Mata.

Já os policiais e bombeiros militares permanecem em serviço, com a operação "Cana Zero", na qual só serão efetuadas prisões em flagrante delito.

"Não vamos realizar nenhum serviço feito pela Polícia Civil, como uma estratégia, já que em outras greves, assumimos parte de suas funções", observa o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro.

Conforme informou o sargento da PM, Devanir Pereira da Silva, representante da Aspra em Juiz de Fora, todas as delegacias da região são convocadas para integrar o movimento. Além de Juiz de Fora, outras cidades da Zona da Mata, como Leopoldina, Muriaé, Barbacena e Ubá pretendem acompanhar a mobilização estadual.

Negociações

Os sindicatos das polícias defendem um salário de R$ 2.809,21 para soldado e agente com a adoção do subsídio e a imediata recomposição. A contra proposta Governo contempla o aumento de 33% escalonado em três anos. Desta forma, o piso atual de R$ 1.333,90 passaria a R$ 1.467,29, em outubro de 2007, e teria reajuste de 20% nos próximos dois anos.

Na próxima quinta-feira, dia 03, os policiais civis se reúnem com a Delegacia Regional do Trabalho, às 15h.