Fl?vinho da Juventude e Sandra Portella

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Rodas de Samba viram mania entre juizforanos Samba atrai p?blico fiel para casas noturnas da cidade

*Thiago Werneck
Colabora??o
19/07/2007

Levar o ensaio de uma bateria de escola de samba para dentro de uma boate. Uma id?ia diferente que j? ? realidade em Juiz de Fora. Mestres de baterias, surdo, tamborim, chocalho, pandeiro, alguns dos quesitos que d?o mais ritmo as rodas de samba da cidade, viram atra??o em casas noturnas e criam um p?blico fiel em Juiz de Fora.

Composi?es de Clara Nunes, Chico Buarque, Dorival Cayme, sambas enredos de sucesso, Zeca Pagodinho, Noel Rosa, Paulinho da Viola, e m?sicas de outros artistas, ditam o ritmo das noites de Juiz de Fora.

As rodas de samba da cidade possuem um p?blico cada vez mais crescente. Freq?entadora de carteirinha desse tipo de evento, Wal Barbosa, (foto abaixo ? esquerda) conta que depois da primeira vez, n?o conseguiu mais parar de acompanhar as noites de samba. "Meus amigos me trouxeram h? uns quatro anos e me apaixonei. ? quase um v?cio. A energia aqui ? diferente, um clima muito bom, um p?blico diferenciado, n?o tem aquele pessoal de nariz empinadinho", destaca.

Em uma das casas noturnas da cidade ? uma percuss?o embalada pelo surdo, tamborim, pandeiro e tarol que comandam a festa. O cantor Flavinho da Juventude (foto ao centro) explica como criou esse estilo de roda de samba. "Come?amos com gente experiente: logo no in?cio com dois mestres de bateria. Hoje, s?o oito m?sicos que mostram o verdadeiro samba que vem do morro. Minha id?ia foi trazer a realidade do samba para dentro de uma boate", revela.

Fl?vio canta ao lado de Sandra Portella (foto acima ? direita), com os m?sicos Afonso (viol?o), Beacy (viol?o sete cordas), Moacir (cavaquinho), Jansen, L?o e George na percuss?o. A cantora ressalta que o estilo apresentado por eles foi o primeiro a modificar a forma de apresentar o samba. "Antes havia o samba mais calmo, sereno. Agora, a gente chama o pessoal para dan?ar, eles cantam com a gente e dan?am muito. Esse contato com o p?blico ? muito legal", relata Sandra.

S?o essas caracter?sticas que levam o estudante Julian Gon?alves (foto abaixo ao centro) a freq?entar rodas de samba, h? cerca de dois anos. "Tem dois anos que venho, pelo menos, umas duas vezes por m?s. ? um ambiente muito animado, contagiante. Boa m?sica e d? para dan?ar e se divertir bastante", conta.

Essa fidelidade do p?blico ? marca registrada nas rodas de samba de Juiz de Fora. "Depois da primeira vez, o pessoal sempre volta. Tamb?m surgem curiosos vindo pela primeira vez. Mas esse calor do p?blico e participa??o nos shows, nos transmite uma energia muito grande. Para mim isso ? que ? samba", destaca Fl?vio.

O sambista ainda destaca que os jovens est?o valorizando a roda de samba. "O pessoal est? levando o samba l? no alto. O movimento em Juiz de Fora ? um dos maiores em Minas Gerais, n?o se compara ao Rio, mas j? est? muito forte. Estamos em um ciclo vicioso do samba: o jovem vem pela primeira vez, gosta e depois traz um amigo e assim as casas noturnas est?o sempre cheias com pessoal acompanhando o samba" , avalia.

*Thiago Werneck ? estudante de Comunica??o Social da UFJF