Apesar da adesão ao Minha Casa, Minha Vida, juizforanos ainda estáo sem acesso aos benefócios do programa
Apesar da adesão ao Minha Casa, Minha Vida, juizforanos ainda estão sem acesso aos benefícios do programa
*Colaboração
Anunciado há quase um mês, o Programa Minha Casa, Minha Vida da Caixa Econômica Federal em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora ainda não saiu do papel. De acordo com a assessoria da Caixa, a verba destinada ao município ainda não foi divulgada e o banco está analisando três propostas de construtoras interessadas em viabilizar os empreendimentos. Após assinatura de contrato e aprovação do projeto, a empresa escolhida terá 12 meses para concluir a obra.
Nem as famílias que recebem entre três e dez salários mínimos - que podem ser beneficiadas com subsídios no financiamento de imóveis - conseguiram ter acesso ao programa, devido à falta de imóveis novos que atendam aos pré-requisitos da Caixa.
Segundo informações da assessoria, para se enquadrar nos parâmetros do programa em Juiz de Fora, o imóvel deve ser novo, com habite-se a partir de 26 de março de 2009 e valor inferior a R$ 100 mil.
Em relação ao cadastramento do programa, a Prefeitura informou que não há procedimento específico para o Minha Casa, Minha Vida. Está sendo feito um recadastramento de cerca de 3.500 famílias inscritas na Emcasa na faixa de renda de zero a três salários, considerada prioritária para o município.
Outros financiamentos
Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon), Leomar Pereira Delgado, a dificuldade em encontrar imóveis que se enquadrem nas normas da Caixa é natural, uma vez que existe uma tendência de disponibilizar financiamentos próprios e convênios com empresas particulares de crédito.
"Se o empreendedor não constrói pensando em utilizar a Caixa como principal forma de financiamento, acaba descumprindo uma série de normas impostas pelo banco. Isso não significa que o empreendimento está irregular, mas impede que a compra seja financiada pela Caixa", explica Leomar.
O presidente acredita que, com o programa Minha Casa, Minha Vida, as construtoras vão passar a investir em obras que atendam aos requisitos do banco para serem beneficiadas pelos subsídios do financiamento. "Com o programa, aumenta a demanda pelo financiamento do FGTS, o que deve motivar as empresas a construir em conformidade com a Caixa."
*Patrícia Rossini é estudante de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Madalena Fernandes