Apesar da adesão ao Minha Casa, Minha Vida, juizforanos ainda estáo sem acesso aos benefócios do programa

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Quinta-feira, 21 de maio de 2009, atualizada às 13h

Apesar da adesão ao Minha Casa, Minha Vida, juizforanos ainda estão sem acesso aos benefícios do programa

Patrícia Rossini
*Colaboração

Anunciado há quase um mês, o Programa Minha Casa, Minha Vida da Caixa Econômica Federal em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora ainda não saiu do papel. De acordo com a assessoria da Caixa, a verba destinada ao município ainda não foi divulgada e o banco está analisando três propostas de construtoras interessadas em viabilizar os empreendimentos. Após assinatura de contrato e aprovação do projeto, a empresa escolhida terá 12 meses para concluir a obra.

Nem as famílias que recebem entre três e dez salários mínimos - que podem ser beneficiadas com subsídios no financiamento de imóveis - conseguiram ter acesso ao programa, devido à falta de imóveis novos que atendam aos pré-requisitos da Caixa.

Segundo informações da assessoria, para se enquadrar nos parâmetros do programa em Juiz de Fora, o imóvel deve ser novo, com habite-se a partir de 26 de março de 2009 e valor inferior a R$ 100 mil.

Em relação ao cadastramento do programa, a Prefeitura informou que não há procedimento específico para o Minha Casa, Minha Vida. Está sendo feito um recadastramento de cerca de 3.500 famílias inscritas na Emcasa na faixa de renda de zero a três salários, considerada prioritária para o município.

Outros financiamentos

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon), Leomar Pereira Delgado, a dificuldade em encontrar imóveis que se enquadrem nas normas da Caixa é natural, uma vez que existe uma tendência de disponibilizar financiamentos próprios e convênios com empresas particulares de crédito.

"Se o empreendedor não constrói pensando em utilizar a Caixa como principal forma de financiamento, acaba descumprindo uma série de normas impostas pelo banco. Isso não significa que o empreendimento está irregular, mas impede que a compra seja financiada pela Caixa", explica Leomar.

O presidente acredita que, com o programa Minha Casa, Minha Vida, as construtoras vão passar a investir em obras que atendam aos requisitos do banco para serem beneficiadas pelos subsídios do financiamento. "Com o programa, aumenta a demanda pelo financiamento do FGTS, o que deve motivar as empresas a construir em conformidade com a Caixa."

*Patrícia Rossini é estudante de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Madalena Fernandes