Terreno no bairro Santa Tereza vai passar por investigação geológico-geotécnica
Repórter
O terreno localizado no bairro Santa Tereza, entre as ruas Edgard Carlos Pereira e José Ladeira, onde um deslizamento de terra obrigou a demolição de 13 edificações em março do ano passado, vai passar por uma investigação geológico-geotécnica. O objetivo é avaliar a situação do lençol freático no local, a fim de definir que tipo de intervenção precisa ser realizada para estabilização do terreno e recuperação dos acessos.
A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) contratou a Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav) por R$ 30,9 mil para o estudo e a elaboração de projetos de contenção para recompor a rua Santa Tereza e estabilizar a encosta da rua José Ladeira. De acordo com a assessoria de comunicação da Empav, a etapa de sondagem termina no próximo dia 4 de setembro. Os projetos têm mais 30 dias para ficarem prontos.
Consultoria particular aponta irregularidades
A Associação dos Moradores e Inquilinos das Casas Interditadas e Demolidas pela Prefeitura contratou uma empresa particular de consultoria para realizar um estudo sobre a causa do deslizamento no local. De acordo com o presidente da associação, Reinaldo Freesz, um relatório sobre a situação do terreno será encaminhado à PJF até o final de agosto, a fim de que o processo administrativo que estuda a causa do problema seja reaberto. "Os trâmites estão parados porque o processo está baseado no laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Belo Horizonte que não tem finalidade de descobrir o motivo do deslizamento."
Embora ainda não esteja concluído, de acordo com Freesz, algumas irregularidades podem ser apontadas. "Uma série de serviços na rede de esgoto apresentam inadequações. Emendas de manilha e mudanças de bitola foram feitas de forma incorreta. Além disso, há cinco descargas de esgoto em pontos da via do bairro feitas de forma errada por um hospital da região."
A Companhia de Saneamento Municipal de Juiz de Fora (Cesama) e o hospital informaram, por meio de suas assessorias, que só irão se pronunciar sobre o assunto após ter conhecimento do relatório.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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