Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado
Repórter
Os trabalhadores dos Correios de Juiz de Fora entraram em greve por tempo indeterminado, nesta quarta-feira, 16 de setembro. A decisão foi tomada em assembleia realizada no último dia 15 de setembro. O movimento foi deflagrado junto com outros 33 sindicatos em todo o país.
Segundo o diretor de divulgação e cultura do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e região (Sintect/JFA), Gustavo Marques, a categoria luta por melhoria salarial e quer obter reajuste de 41%, com aumento linear de R$ 300. A empresa propôs, em 27 de agosto, reajuste de 4,5%.
Entre as reivindicações dos funcionários, estão, ainda, o fim da terceirização, redefinição de critérios do Plano de Participação nos Lucros (PRL) da empresa, readequação do plano de carreira, fim do assédio moral, redução da jornada de trabalho sem que haja perda salarial, entrega de correspondências no período da manhã, reintegração dos funcionários demitidos, auxílio educação e auxílio creche.
Na cidade, cerca de 50% dos funcionários cruzaram os braços. "Alguns trabalhadores que não pararam nesta quarta já sinalizaram de forma positiva com relação à greve, devendo aderir a partir desta quinta-feira, dia 16." Nesta quarta, os trabalhadores realizaram manifestações. "Fizemos assembleias diariamente para que o movimento fosse avaliado e as propostas também."
De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios de Minas Gerais, apenas Juiz de Fora e a Região Metropolitana de Belo Horizonte aderiram à greve, o que representa pouco mais de 3,5% do efetivo de todo o estado. Está garantido o atendimento ao público e as entregas de objetos prioritários. Os serviços com hora certa estão temporariamente suspensos em todo o Brasil. Além disso, a assessoria informou que já está em vigor um plano de contingência para assegurar a qualidade da prestação dos serviços.
Marques explica que a última greve organizada pela categoria ocorreu em julho de 2008 e teve duração de 21 dias. Na época, os trabalhadores lutavam pelo cumprimento do acordo assinado entre o Ministério do Planejamento, a presidência da empresa e os representantes dos trabalhadores. O acordo previa o pagamento de 30% referente ao adicional de risco, além da discussão do plano de carreira. "Conseguimos que o acordo fosse cumprido pela empresa."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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