Câmeras no Calçadão serão reativadas até fim do ano Até o final da próxima semana, Prefeitura define o local para o monitoramento do equipamento de segurança. PM prepara patrulhamento especial para o fim de ano
*Colaboração
27/10/2009
Com a aproximação das festas de final de ano, uma preocupação recorrente dos lojistas é com a segurança. O aumento do fluxo de pessoas na área central de Juiz de Fora, estimado pela Polícia Militar (PM) em 700 mil, provoca nos comerciantes uma sensação de insegurança e um receio de furto de produtos. Para assegurar o bem-estar dos profissionais e da população, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) garantiu a reativação das quatro câmeras de vigilância instaladas na rua Halfeld até dezembro.
O equipamento está em desuso desde o início do ano, quando a base de controle da Polícia Militar (PM) foi transferida para o bairro Granbery, inviabilizando o redirecionamento do sinal e a instalação do posto de monitoramento. O subsecretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da PJF, Jackson Fernandes Moreira Júnior, explica que a extinção do Conselho de Segurança da Área Central, órgão vinculado à Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora (ACEJF), também contribuiu para a desativação do equipamento. "O Conselho é o responsável pela gestão e manutenção do sistema de vigilância. O custo de transferência do sinal é de R$ 8 mil e a Prefeitura não pode arriscar perder este investimento público, já que, quando ativado, o Conselho pode decidir que outro ponto é mais adequado."
O Conselho é formado, entre outros órgãos, pela PM, Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros, ACEJF, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e PJF. Segundo o presidente ACEJF, Aloísio Vasconcelos, o principal empecilho para a reativação do grupo é o investimento e a prioridade. "A Associação depende de contribuições de associados. Estamos estudando a viabilidade de reativação do Conselho, mas sem recursos, não há uma previsão exata. A meta é para o início do próximo ano, até março", esclarece. Vasconcelos entende a importância das atividades desempenhadas pelo grupo, já que foi um dos responsáveis pela ativação das câmeras em 2000.
Mediante o prazo informado por Vasconcelos, o subsecretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da PJF afirma que até o final da próxima semana irá ter uma reunião com lideranças para definir o novo local de monitoramento. "Se não tiver possibilidade do Conselho arcar com o custo das câmeras, a PJF irá assumir o papel junto com a PM, já que esta é o braço operacional e possui uma visão particular da segurança." Jackson diz ainda que, além das quatro câmeras, existe uma proposta para instalar 32 equipamentos de segurança.
Alternativas para segurança
Segundo o presidente da CDL, Vandir Domingos da Silva, houve um crescimento na procura por equipamentos de segurança, como alarmes, câmeras e equipamentos de vigilância. "Câmeras e circuitos internos de TV passaram a ser ferramentas normais para qualquer comerciante, seja no Centro ou nos bairros."
Para o vendedor de uma loja de fotografia, Samuel de Oliveira, o sentimento de insegurança é maior no final do ano, pois o número de clientes no estabelecimento aumenta e o horário especial de fechamento do comércio também facilita a atuação de ladrões. "O estabelecimento fica cheio e para que nada seja roubado, temos cinco câmeras e alarme. No entanto, temos que voltar nossa atenção para as vitrines. Uma vez, uma pessoa tentava enfiar a mão para roubar." A vendedora, Alice Leia, acrescenta que a presença frequente da PM ajuda a evitar o crime. "O policiamento é satisfatório, mas nem sempre atinge todos os lugares. Na última sexta-feira, 23 de outubro, ocorreu um furto em uma joalheria e os policiais não conseguiram pegar o ladrão."
Além dos equipamentos de segurança, o gerente de uma loja de calçados, Roberto Nely, destaca que a conscientização do funcionário e do consumidor é uma arma contra os furtos. "Em épocas de muito movimento, orientamos o vendedor para que observe com mais atenção possíveis suspeitos e alerte o consumidor quanto a deixar celulares e bolsas jogados. Os ladrões aproveitam os momentos de grande fluxo de pessoas e de desatenção da vítima para furtá-la."
Policiamento
Para coibir a atuação de criminosos, a 30ª Companhia de Polícia Militar, responsável pelas áreas centrais do município, realiza todo final de ano a Operação Natalina. Segundo o tenente Lazzarini, um número substancial de unidades e policiais é disponibilizado para o patrulhamento. "É uma operação regional, planejada de acordo com os pontos de maior movimentação. Solicitamos reforço policial de várias companhias."
Sobre o aumento de aquisição de equipamentos de vigilância por parte dos comerciantes, Lazzarini reconhece que é uma medida aprovada pela PM, já que, infelizmente, os policiais não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Em relação à média de crimes no Centro, o tenente destaca que a meta estipulada pela companhia, de 24 crimes violentos por mês, dificilmente é batida. "O acumulado até agora é de 21 crimes. Para o fluxo de pessoas que circulam no Centro, é uma média comparativamente baixa. Com a chegada do fim do ano, é normal que a sensação de insegurança aumente, porém, os crimes têm diminuído."
*Pablo Cordeiro é estudante do 9º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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