Propostas para o plano municipal de habitação seráo discutidos em semin?rio

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Terça-feira, 24 de novembro de 2009, atualizada às 19h30

Propostas para o plano municipal de habitação serão discutidos em seminário

Aline Furtado
Repórter

"Juiz de Fora conta com um plano que prevê a implantação de políticas municipais de habitação, só falta colocá-lo em prática." Esta é a afirmação da professora de Projetos Habitacionais para População de Baixa Renda, da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Letícia Zambrano. Para ela, que é membro do Conselho Municipal de Habitação, faltam, na cidade, órgãos e instrumentos para a implantação destas políticas.

A fim de discutir essa e outras questões, será realizado, na próxima quarta-feira, 25 de novembro, um seminário com o tema Moradia, direito de todos: desafios e alternativas. Segundo o coordenador, Mateus Xavier, o evento faz parte do projeto Pensando Juiz de Fora e seu tema foi definido a partir do I Seminário Regional sobre Política Municipal de Habitação: Juiz de Fora e Zona da Mata Mineira, realizado em outubro na cidade. "Foram apresentados dados que apontam existir aproximadamente 144 áreas de moradias consideradas subnormais em Juiz de Fora. Diante disso, pretendemos estender o debate a toda população." Para ele, esta condição não incomoda porque está distante da região central. "As pessoas vivem sem condições mínimas, em espaços sem qualquer infraestrutura, como energia, água, asfalto. A população precisa se mobilizar diante deste quadro."

De acordo com a professora, o programa nacional de habitação Minha Casa, Minha Vida pode ser visto de forma convergente com relação ao déficit de moradias na cidade. "Diante do alto valor dos imóveis, as pessoas de baixa renda não têm acesso a este tipo de bem. Quando conseguem comprar, geralmente são locais em situação irregular, sem falar nas condições precárias. Com o programa, a informalidade vai ficar de lado e o acesso à moradia será facilitado."

Conforme Xavier, o seminário deverá oferecer elementos de reflexão referentes às 14 ocupações mais precarizadas da cidade para a 1ª Assembleia Popular de Moradia, marcada para o próximo domingo, dia 29. O evento do dia 25 é aberto, tem entrada franca e será realizado às 19h, na avenida Rio Branco, 2.590, Centro.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes