Comissão de negociação rejeita proposta de reajuste salarial apresentada pela Astransp. Greve pode ser deflagrada
Repórter
A comissão de negociação dos motoristas e cobradores do transporte público rejeitou a proposta apresentada pela Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp), nesta segunda-feira, 1º de março.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro), Paulo Avezani, as empresas apresentaram proposta de aumento salarial de 5,45%. "Este reajuste só se aplica ao salário dos motoristas, que passaria de R$ 968 para R$ 1.020,80. Os cobradores, que têm salário oficial de R$ 484, mas receberam no mês de janeiro o valor de R$ 510 devido ao reajuste do salário mínimo, teriam um aumento de apenas R$ 0,40, passando para R$ 510,40."
Segundo Avezani, a proposta será discutida em assembleia. "A possibilidade da categoria não acatar é grande, o que significa deflagração de movimento grevista nesta quinta-feira, dia 4." A classe agendou assembleias para as 10 horas e para as 17 horas do dia 4.
Representantes de motoristas e cobrados se reúnem, na quarta-feira, 3, com a Polícia Militar (PM), a fim apresentarem as ações a serem desenvolvidas durante as manifestações de greve. "Será uma reunião de entrosamento com a PM, na qual falaremos sobre a condução do movimento."
A categoria reivindica reajuste salarial de 14,20%, fim da compensação de horas e aumento do tíquete-alimentação de R$ 160 para R$ 260, além de redução da jornada de trabalho de sete para seis horas diárias. O Portal Acessa.com fez contato com a assessoria da Astransp, mas não houve retorno até o fechamento desta nota.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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