Operação Tartaruga provoca lentidão no trânsito de Juiz de Fora
Repórter
A Operação Tartaruga deflagrada por motoristas e cobradores do transporte coletivo público nesta segunda-feira, 8 de março, causou lentidão no trânsito da área central da cidade. Além disso, a manifestação provocou atraso nos horários, ocasionando maior espera nos pontos de ônibus, além de filas nos pontos de táxis.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo de Juiz de Fora (Sinttro), Paulo Avezani, a adesão ao movimento chegou a 95% durante o período da tarde. "O primeiro dia de manifestação foi muito positivo. Pela manhã, cerca de 80% dos trabalhadores aderiram à Operação Tartaruga. À tarde a adesão foi ainda maior, atingindo, inclusive, mais vias, como as avenidas Getúlio Vargas e Francisco Bernardino, além da Rio Branco."
A orientação do Sinttro foi para que os motoristas trafegassem a 20 quilômetros por hora nas principais vias da cidade entre 8h e 18h. "A manifestação deve ocorrer até a próxima sexta-feira, dia 12, caso não haja sinalização de acordo por parte dos patrões." Além da Operação Tartaruga, os trabalhadores poderão deflagrar greve a partir da zero hora da próxima segunda-feira, dia 15.
A Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp) declarou, por meio da assessoria de comunicação, que o sindicato está em desacordo com o que foi definido em todas as rodadas de negociação, quando se comprometeu a não causar prejuízos à população. Além disso, a associação destacou que as negociações ainda estão em aberto.
Na pauta de reivindicações dos trabalhadores estão o reajuste salarial de 14%, o fim da compensação de horas e o aumento do tíquete-alimentação de R$ 160 para R$ 260, além de redução da jornada de trabalho.
Apoio com restrição
A dona de casa Ângela Maria Gouvêa foi pega de surpresa pela manifestação e disse que a volta do Centro para casa, no bairro Ipiranga, seria feita andando. "Os ônibus estão tão lentos que compensa ir andando. Gastar com táxi não dá." Ela diz que não é contra a reivindicação de reajuste salarial dos motoristas e cobradores, desde que a população não seja prejudicada.
O usuário de transporte coletivo Ricardo Reis Braga, morador do bairro Paineiras, também diz concordar com a necessidade de reajuste salarial para a categoria, mas defende que a manifestação seja feita de forma direta entre patrões e empregados. "Os empresários não utilizam ônibus, eles não são atingidos. O usuário não tem nada a ver com isso."
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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