Quadrilha do edredom dá golpe em mais uma vítima em Juiz de Fora
*Colaboração
Uma senhora de 61 anos foi vítima de uma quadrilha que realiza estelionato com cartão de crédito na cidade, ação que ficou conhecida como golpe do edredom. O caso aconteceu por volta das 19h da última segunda-feira, 3 de julho, no bairro Furtado de Menezes.
De acordo com informações da Polícia Militar (PM), a vítima explicou que um homem compareceu na sua casa tentando vender seis edredons por R$ 600. A mulher teria reclamado do preço e informado que não gostaria de ficar com o produto, mas o vendedor teria baixado o preço para R$ 350 de maneira insistente. A senhora entregou o cartão para o suspeito, que passou na máquina duas vezes seguidas, sendo uma no valor de R$ 600 dividido de dez vezes e outra no valor de R$ 350 também em dez parcelas.
A vítima informou à polícia que chegou a pedir ao vendedor que cancelasse a compra, porque ela não ficaria com os produtos, mas ele deixou dois edredons na casa dela e fugiu logo em seguida. A PM realizou o rastreamento e registro da ocorrência e o caso será inserido nas investigações da Polícia Civil sobre a quadrilha.
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Investigações
A Polícia Civil (PC), por meio de uma ação denominada Operação Romani, está investigando o caso dessa quadrilha que age na cidade há cerca de duas semanas. No último dia 28 de junho, 11 homens e uma mulher foram presos pela 1ª Delegacia da Polícia Civil e tiveram suas apreensões ratificadas por formação de quadrilha. Na última segunda, 2 de julho, mais de vinte pessoas vítimas do golpe do edredom compareceram na delegacia e reconheceram, durante depoimento, os suspeitos e veículos utilizados.
Na operação, mais de 1.200 edredons foram apreendidos e centenas de panelas em um dos locais utilizados como depósito da quadrilha, no bairro Benfica. De acordo com a Receita Estadual, os materiais não possuem nota fiscal e estão irregulares. Foram apreendidos, ainda, 11 caminhonetes (foto) com placas de várias cidades, avaliadas em mais de R$ 1 milhão, além de máquinas de cartões de crédito, celulares, cupons fiscais e outros documentos.
De acordo com a polícia, a quadrilha agia em outros estados e andava, geralmente, em comboios. Os suspeitos abordavam as pessoas nas ruas, sendo a grande maioria de classe baixa e que possuísse cartão de crédito. As vítimas eram convencidas a adquirir os produtos e, ao passar os cartões, os criminosos debitavam valores acima dos negociados nas compras. No total, mais de 100 pessoas já procuraram a polícia dizendo serem vítimas da quadrilha. As investigações seguem em andamento pela PC e Receitas Federal e Estadual.
*Nathália Carvalho é estudante do 8º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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