Obras para tratamento do esgoto de JF devem ser iniciadas em até dez dias

Prefeito fez o anúncio durante city tour, realizado nesta sexta-feira, que reuniu representantes da Prefeitura, imprensa e publicitários

As obras para tratamento do esgoto de Juiz de Fora devem começar em um prazo máximo de dez dias. A informação foi dada pelo prefeito da cidade, Custódio Mattos, durante uma visita às obras que vêm sendo realizadas pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) em várias regiões da cidade.

A visita, que ocorreu na manhã desta sexta-feira, 11 de maio, reuniu Mattos, o secretário de Obras, Jefferson Rodrigues Júnior, a imprensa e publicitários da cidade.

De acordo com o prefeito, a ordem de serviço para início das intervenções no eixo do Rio Paraibuna deve ser dada na próxima quarta-feira, dia 16. "Vivemos uma situação ruim, já que apenas cerca de 8% do esgoto doméstico de toda a cidade é tratado. Já temos a empresa contratada, sendo que o contrato equivale a R$ 110 milhões, o maior dessa administração. Nossa meta é passar dos atuais 8% para quase todo o esgoto tratado."

Mattos acrescenta que o percentual que estiver fora da totalidade será tratado na vazante, na altura do bairro Industrial, durante o período de seca, e diluído no Paraibuna durante a cheia. Outra questão destacada  na ocasião foi a entrega das obras da Adutora de Chapéu D'Uvas, prevista para ocorrer nas próximas semanas. "Isso deverá resolver o problema da água potável em nossa cidade pelos próximos quarenta anos."

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Obras viárias

Outro ponto abordado durante o city tour com a imprensa, foi a licitação para a escolha da empresa que ficará responsável pelas obras viárias, que vai erguer viadutos, pontes e trincheiras na cidade. "A licitação está marcada para o dia 23 deste mês, com custos previstos de R$ 83 milhões. Com isso, pretendemos melhorar as condições de tráfego em Juiz de Fora. Um dos pontos mais importantes será a melhoria nas passagens de nível. Com as alterações, a avenida Brasil deverá ser incorporada à capacidade de trânsito, desafogando vias como Rio Branco, Getúlio Vargas e Presidente Itamar Franco." A previsão é que as obras sejam iniciadas no prazo de 45 dias, com execução total de dois anos.

Hospital de Urgência e Emergência

Outro ponto visitado foram as obras do Hospital de Urgência e Emergência, próximo ao Terminal Rodoviário Miguel Mansur. Segundo informações do representante da Secretaria de Saúde (SS), Cláudio Reiff, o modelo de gestão da unidade de saúde está sendo desenvolvido e a intenção é que a instituição seja gerida por uma organização social sem fins lucrativos, a qual deverá ser escolhida por meio de concorrência.

"O hospital vai integrar a rede de urgência e emergência que vem sendo construída há quatro anos, com as Unidades de Atenção Primária à Saúde [Uaps], sendo que mais onze deverão ser entregues em dez dias, e as Unidades de Pronto Atendimento [UPA], além da Regional Leste e do Hospital de Pronto Socorro [HPS]", destaca Reiff. Mattos acrescenta que, além das duas UPAs em funcionamento, estão previstas mais duas, na Zona Norte, que deverá ser inaugurada em agosto, e na região central. "A intenção é fazer intervenções na Regional Leste, a fim de que ela passe a atender como uma UPA de porte III, com capacidade de atendimento para 301 a 450 pacientes."

Conforme o prefeito, a meta é reduzir um dos grandes problemas da saúde, a superlotação na área da urgência e emergência. "Precisamos tratar o paciente como único, ou seja, se ele foi atendido em uma Uaps e precisa ser atendido na UPA, é importante que seu histórico esteja ali e seja acessado pelos atendentes, a fim de agilizar o processo."

O Hospital de Urgência e Emergência deverá contar com nove salas de cirurgia, 40 leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI) e 176 leitos de enfermaria, além de sala de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O valor total de obras e equipamentos é de R$ 110 milhões, sendo que R$ 42 milhões já estão contratados, via governo estadual. A manutenção anual do hospital demandará cerca de R$ 84 milhões. Deste total, entre R$ 2,5 e R$ 3 milhões serão provenientes do município.

O primeiro lote de equipamentos já foi licitado. A previsão é que sejam gerados 1,2 mil empregos diretos com o funcionamento do hospital, o que deverá ocorrer ainda este ano, já que as obras físicas deverão ser finalizadas em agosto ou setembro, com atendimento liberado após sessenta dias. "Com relação à questão da saúde, ficaremos devendo soluções para as consultas e os exames especializados."

Habitação

De acordo com o prefeito, uma das preocupações da atual administração é com a moradia. "Investimos em onze áreas absolutamente carentes. Além da parceria com a Caixa Econômica Federal [CEF], por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, com a destinação de unidades habitacionais, trabalhamos de forma a estruturar as áreas, com reformas de ruas e construção de escolas e praças."

Uma das áreas habitacionais visitadas nesta sexta-feira foi o Loteamento Jardim das Pedras Preciosas, com entrega das chaves prevista para ocorrer em junho. "Além deste, teremos também a entrega referente ao Loteamento Nova Germânia. A região será beneficiada com a construção de uma escola e com a destinação de linhas de ônibus."

Empregos

Mattos afirma que foram gerados, em quase quatro anos, cerca de 10,5 mil empregos, com a chegada de novas empresas à cidade. Na próxima quinta-feira, dia 17, a Codeme, empresa de estruturas metálicas que já gerou 400 empregos na cidade, será inaugurada. "Em junho, será a vez da inauguração da Pado, empesa de confecção de cadeados e fechaduras, que pretende trazer, ainda, uma unidade de fabricação de chaves."

Esporte e Lazer

"Juiz de Fora é uma cidade carente de áreas de lazer para serem aproveitadas por famílias durante os finais de semana. Pretendemos preencher esta lacuna com a entrega da revitalização do Parque da Lajinha, prevista para ocorrer no final do mês de agosto", afirma Mattos.

Um local que, segundo o prefeito, já deveria ter sido entregue é o Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos Nazareth Campos. "A obra está caminhando de forma lenta porque estamos aguardando um possível apoio do Ministério dos Esportes. As obras nos foram passadas com custos previstos de R$ 6 milhões, o que, na verdade, deveria ser de R$ 16 milhões, com aporte de 10% do valor destinado pela Prefeitura. Estamos buscando parcerias para finalizar e entregar as obras no final de 2013."

A cidade vai ganhar, ainda, duas praças, que deverão abrigar atividades esportivas e culturais e serão construídos com recursos destinados por meio da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal. Uma delas será construída na área do Exército, próximo ao bairro Benfica. A outra, no bairro Santa Efigênia. Os custos com cada uma equivalem a R$ 4 milhões.

Asfaltamento

Durante o city tour, o prefeito citou o fato de muitas pessoas questionarem o porquê das obras na avenida Rio Branco. "Muitos querem saber, supondo que foi dada prioridade à área central. Respondo dizendo que 82 mil pessoas passam, diariamente, pela via. E o que pretendemos é a modernização, o conforto, a segurança e a melhoria da eficiência do tráfego. Além disso, asfaltamos 450 ruas da cidade."

Na Rio Branco, a montagem de todos os pontos de ônibus devem ser finalizados até meados de junho. Questionado a respeito de melhorias na avenida Getúlio Vargas, o prefeito destacou que há recursos, mas é preciso priorizar o início das obras viárias. "Não quero correr o risco de dar um verdadeiro nó no trânsito com duas grandes obras sendo desenvolvidas ao mesmo tempo."

Ele aponta que na Getúlio Vargas será preciso retirar os camelôs da via, duplicar calçadas localizadas à direita de quem segue no sentido Manoel Honório - Poço Rico, além de separar a calçada dos pontos de ônibus. A intenção é que as calçadas da Getúlio Vargas sejam construídas como as da Santo Antônio.