Setor t?xtil de Juiz de Fora pode deflagrar greve a partir desta quarta

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Setor t?xtil de Juiz de Fora pode deflagrar greve a partir desta quarta
Terça-feira, 18 de setembro de 2012, atualizada às 13h15

Setor têxtil de Juiz de Fora pode deflagrar greve a partir desta quarta-feira

Andréa Moreira
Repórter

O setor têxtil em Juiz de Fora pode deflagrar greve a partir desta quarta-feira, 19 de setembro. A informação é do diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Oleg Abramov. "Estamos há dois meses tentando negociar com o sindicato patronal, mas infelizmente não estamos obtendo êxito. Por isso, acredito que há uma grande possibilidade da greve acontecer", diz. Segundo Abramov, uma assembleia será realizada no início da noite desta terça-feira, 18, para que a categoria defina sobre a paralisação.

O diretor da CUT informa que entre as reivindicações da pauta está o piso salarial de R$ 800, reajuste de 10% para todos os funcionários, implantação do tíquete de alimentação e exigência do vale-transporte para todas as categorias. "Estamos lutando por benefícios mínimos, que são direitos de qualquer trabalhador, como é o caso do vale-transporte."

Abramov ressalta ainda que a CUT, em um futuro próximo, irá buscar mais benefícios para esses trabalhadores. "A função da Central é promover a transferência em outros movimentos. Por isso, estamos auxiliando o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis e, juntamente com eles, vamos reivindicar mais ganhos."

O grande questionamento da categoria refere-se ao piso salarial, que atualmente está abaixo do salário mínimo. "Juiz de Fora já foi considerada um polo do setor têxtil. Há alguns anos, o piso salarial desta categoria era de três salários mínimos. Mas, atualmente, o patronal vem propondo, ano após ano, um índice inferior ao salário mínimo, o que leva a novo reajuste em janeiro. Significa que as campanhas salariais estão se tornando mera antecipação de janeiro, o que é uma afronta à história e conquistas desse ramo profissional que tanto fez pela economia de nossa cidade."

Os textos são revisadoa por Mariana Benicá