Aluna expulsa acusa faculdade de homofobia

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Sexta-feira, 7 de abril de 2017, atualizada às 20h09

Aluna expulsa acusa faculdade de homofobia

Da redação

Uma jovem de 18 anos, que era aluna do 1º período de Direito no Instituto Vianna Júnior, acusa a direção da escola de homofobia, após ter sido expulsa do curso na última terça-feira, 4 de abril. O caso chegou ao conhecimento público nesta sexta, 7 de abril.

Segundo a versão da estudante que consta no boletim de ocorrências da Polícia Militar (PM), ela e uma adolescente, de 16 anos, aluna do Colégio São José, foram pegas dentro da mesma cabine do banheiro feminino. Ao fim da aula, a direção de ambas as instituições chamou o casal e as mães para uma reunião. Na ocasião, a diretora do Vianna Júnior revelou para as mães que as duas haviam "ficado" dentro do banheiro, que ambas confirmaram a história e que alguma sanção contra as estudantes seria aplicada. No fim do dia, como não teve notícias, a mãe da jovem maior de idade foi à faculdade e foi informada da expulsão, em ata lavrada de próprio punho pela diretora da instituição, e assinada pela estudante e pela mãe dela.

O advogado da jovem buscou contato com o gestor executivo da faculdade, que teria dito a jovem que "ficou comprovado crime de assédio" e que a decisão era irretratável. Além disso, o gestor disse que não são admitidos namoros no interior da instituição, porém, a mãe da jovem afirmou ter visto um casal junto e acusa a instituição de homofobia pela expulsão. Além disso, o advogado da estudante afirmou que a adolescente em nenhum momento apresentou queixa e confirmou que o beijo foi consensual. O caso será investigado pela Polícia Civil. A aluna do Colégio São José foi suspensa por três dias.

Na noite desta terça, a diretora das Faculdades Integradas Vianna Júnior, Celia Fassheber, usou o perfil institucional para se pronunciar sobre o motivo da expulsão. "Esta aluna, maior, não foi desligada por qualquer questão homofóbica. A instituição não é homofóbica. O que esta aluna fez foi transgressão às normas institucionais. Os artigos 164, 166 e 169 do regulamento preveem sanções para estas situações, porque temos que manter a ordem dentro da instituição. Não podemos permitir que os alunos façam desta instituição o que bem querem. Quando os pais nos confiam seus filhos, eles querem que nós tomemos conta deles.", diz, em trecho do vídeo.