Tribunal permanece lotado no terceiro dia de julgamento do caso Goldoni
O terceiro dia de julgamento do caso Matheus Goldoni, nesta quinta-feira, 22 de agosto, deve se estender até tarde da noite, ou, até mesmo, ser prorrogado para sexta, 23. O Tribunal do Júri, no Fórum Benjamin Colucci, em Juiz de Fora, permanece lotado, com fila de espera do lado de fora, de pessoas que aguardam vagar espaço dentro do tribunal.
Neste momento, acontece a fase de debates, iniciada às 16h. O Ministério Público, por meio do promotor Hélvio Simões, fará considerações por duas horas e meia.
Logo, a acusação e defesa terão duas horas e meia, cada, para falar. A réplica, a cargo da Promotoria, pode durar mais duas horas, da mesma forma que a tréplica, quando defesa tem o mesmo tempo para considerações finais.
Nesta quinta, na parte da manhã, foram ouvidos os depoimentos dos quatro réus , Fabrício Teixeira da Silva, Adelino Batista da Silva, Aroldo Brandão Júnior e Marco Aurélio de Oliveira, e testemunhas que não foram ouvidas nos dois primeiros dias. A perita da Polícia Civil, Soraya Araújo também foi ouvida pela segunda vez, antes mesmo dos réus.
A princípio, o julgamento havia sido marcado para 9 de julho. Depois uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), baseada em uma cláusula processual, determinou o adiamento do júri popular para esta terça-feira, 20.
O caso
Os quatro réus do processo, Fabrício Teixeira da Silva, Adelino Batista da Silva, Aroldo Brandão Júnior e Marco Aurélio de Oliveira respondem por homicídio triplamente qualificado do jovem, ou seja, por asfixia por afogamento e por terem agido por motivo fútil, uma vez que a vítima, ao sair da casa noturna, teria tentado dar um soco em um dos acusados. Os envolvidos são o gerente operacional da boate, dois seguranças e um ex-segurança.
De acordo com a denúncia, a vítima estava no interior de uma boate no São Pedro quando se envolveu em uma briga com dois clientes e com os seguranças, sendo expulso da casa noturna. Na saída, a vítima tentou dar um soco no acusado e fugiu, mas ele foi perseguido por outros dois seguranças. Ainda segundo a denúncia, o ex-segurança da casa noturna, deu carona de moto a um dos denunciados. Eles alcançaram a vítima cerca de 250 metros da boate, perto de uma trilha que dá acesso a uma cachoeira.
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