Suspeitos de matar militar reformado do Exército são presos em Juiz de Fora
A Polícia Civil desvendou o homicídio consumado que vitimou um militar reformado do Exército, de 58 anos, no município de Juiz de Fora. O corpo dele foi encontrado no dia 6 de dezembro, no interior de um veículo, na BR-040 (entroncamento com a AMG-3085), no Bairro Barreira do Triunfo, na Zona Norte da cidade. Ele teria sido morto com disparos de arma de fogo na cabeça. A esposa da vítima, de 42 anos, e o ex-sogro dela, de 71 anos, foram presos, na terça-feira, 17, suspeitos de envolvimento no homicídio, e se encontram no sistema prisional. Investigações apontam que se trata de um crime planejado pela mulher e o autor para ceifar a vida da vítima.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 18, o Chefe do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora, delegado-geral Gustavo Adélio Lara Ferreira, explicou que, assim que a polícia tomou conhecimento da localização do corpo da vítima, diligências foram realizadas para esclarecer a investigação, considerada complexa, já que o corpo foi encontrado em um local ermo e não havia, inicialmente, prova clara. “Os policiais civis trabalharam diuturnamente e procuraram as provas de forma técnica e profissional para esclarecer, com exatidão, o caso, possibilitando chegar até a autoria dos fatos”, disse, parabenizando o profissionalismo da equipe da Delegacia Especializada de Homicídios.
Em seguida, o delegado regional de Juiz de Fora, Armando Avolio Neto, também falou sobre a apuração e lembrou que a Polícia Civil vem trabalhando incessantemente para esclarecer outros homicídios, com índices de apuração em mais de 90%. “Qualquer pessoa que pense em cometer um homicídio já sabe que será presa. E, nesse caso, não foi diferente”, destacou, complementando que a Delegacia Regional também tem se empenhado em apurar outros delitos que aconteceram em Juiz de Fora e região.
Posteriormente, o titular da Delegacia Especializada de Homicídios, delegado Rodrigo Rolli, explicou que foram realizadas análises de imagens de câmeras, oitivas, confecção de laudo de necropsia e outras requisições, bem como diligências que resultaram na identificação dos autores. Segundo ele, a motivação do crime está sendo esclarecida e, possivelmente, o homicídio teria acontecido em virtude de dinheiro, já que havia um seguro de vida, no valor de, aproximadamente, R$457 mil, pensão e imóveis.
Ainda conforme o delegado, os depoimentos dos envolvidos foram contraditórios. O suspeito chegou a confessar o crime, sob alegação de legítima defesa. Em depoimento, ele, morador da cidade de Santos Dumont, disse que estaria em Juiz de Fora para comprar peças para o carro. Vítima e autor, então, teriam se encontrado no Terminal Rodoviário Miguel Mansur, após contato da mulher, oferecendo uma carona para que ele retornasse ao município de Santos Dumont com o marido dela.
No caminho, o autor alega que a vítima teria se exaltado, pois estaria desconfiada de um possível envolvimento do idoso com a ex-nora. Segundo o investigado, em seguida, a vítima teria retirado da cintura uma arma de fogo e, na tentativa de se desvencilhar da ação, o suspeito teria efetuado os disparos. “O que vai de encontro ao laudo de necropsia que aponta crime de execução”, contou, complementando que o militar reformado não possuía arma de fogo. No entanto, a mulher, durante depoimento, teria falado que o marido havia saído para comprar medicamento e não teria retornado para casa. Além disso, ela informou que o marido não tinha ciúmes dela.
Ainda durante a coletiva, o Chefe de Departamento reforçou que a sociedade juiz-forana pode contar com o empenho da PCMG na apuração dos crimes. “Nossa Polícia Judiciária está preparada para combater a criminalidade com investigações de ponta e de alto nível”, concluiu.
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