Lotada, área VIP do Rock in Rio tem filas, pouca comida e avanço na bandeja de hambúrguer
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A noite mais cheia do Rock in Rio está sendo um verdadeiro teste de paciência para os convidados (e para quem sem dispôs a pagar R$ 2.800) na área vip do festival. Com capacidade para cerca de 3 mil pessoas, ela parece lotada.
Esqueça o sentimento de "exclusividade" que a "experiência" pretende propiciar. O que se vê numa noite com o Coldplay fechando a programação e atrações pop como Camila Cabello é uma muvuca generalizada e, a julgar pela fila nos bufês, esfomeada.
"Corre que estão servindo o penne". Esta frase foi ouvida pouco antes das 22h e dá uma ideia da batalha para se servir de um prosaico prato de macarrão. O serviço ambulante, pensado para segurar a onda de quem está longe dos bufês, não dá vazão.
Algumas pessoas descobriram a saída da cozinha e fincaram o pé ali. Outras aproveitam que está "fácil" ter acesso a um alimento e atacam a bandeja ainda cheia. Garçons e garçonetes --muito simpáticos, por sinal--, voltam rapidinho para o corredor de onde saíram.
Os bares? Filas também, claro. Tudo é cheio, difícil, inclusive um espaço em frente ao espelho do banheiro feminino. Disputa-se com certa animosidade um pedacinho dele. O negócio é ombro a ombro. Retocar a make é preciso.
Regras, em outros dias inabaláveis, "imexíveis", foram por água abaixo, como a chuva que caiu na Cidade do Rock. "Não pode sentar no chão", diziam os seguranças nas noites anteriores. Neste sábado há grupos de crianças em rodinhas ou deitadas pelos cantos. As filas só diminuíram depois de 22h30.
Inabalável mesmo parece ser o espaço ultravip de Roberto Medina, para onde vão celebridades consideradas acima da média, como jogadores de futebol em geral, metade do elenco da Globo e atrações de sucesso do streaming, além de influenciadores com bala na agulha.
Eles, sim, curtem a noite com conforto, porque há VIPs mais VIPs que outros. Nada como um Rock in Rio lotado para deixar isso bem claro.