Lula, Janja e Dilma exaltam Gal Costa, cantora morta aos 77 anos nesta quarta-feira
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, a futura primeira-dama Janja Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff lamentaram a morte de Gal Costa, uma das maiores vozes da música brasileira. A assessoria da cantora confirmou sua morte, cuja causa ainda é desconhecida.
"Gal Costa foi das maiores cantoras do mundo, das nossas principais artistas a levar o nome e os sons do Brasil para todo o planeta. Seu talento, técnica e ousadia enriqueceu e renovou nossa cultura, embalou e marcou a vida de milhões de brasileiros", escreveu Lula no Twitter.
Janja lembrou que Gal apoiou seu marido nas eleições presidenciais, e disse que a cantora "estará sempre em nossos corações" e que "vamos repercutir a voz dela para sempre". A artista baiana atacou Jair Bolsonado, do PL, em entrevista à Folha no ano passado.
Dilma, por sua vez, disse que Gal Costa foi "expressão viva da cultura do povo brasileiro e marcou o país profundamente", também pelo Twitter. "O Brasil perde hoje uma das maiores cantoras da nossa história. Ela fez de sua alegria e de seu charme um refúgio para dias luminosos e sombrios ao longo de cinco décadas. É uma gigante da MPB. Ela permanecerá divina e maravilhosa na nossa memória. Para sempre. Viva Gal Costa!", publicou a ex-presidente pelo PT.
Janja chegou na manhã desta quarta-feira ao Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, local onde está instalada a equipe de transição do governo. Ela será responsável pela coordenação responsável pelos preparativos para a posse presidencial.
Janja saiu para cumprimentar e tirar fotos com apoiadores, que aguardam no local a chegada de Lula. Explicou que saiu justamente para sentir um pouco de "conforto" da população, para combater a tristeza com a notícia da morte de Gal.
"Hoje ele [Lula] não vai vir pra cá, então fiquem tranquilos que amanhã ele vem, não tenho certeza ainda da agenda dele amanhã. Mas obrigado pelo carinho de vocês de estarem aqui. Já começamos a trabalhar, estamos trabalhando, a transição está trabalhando", afirmou a primeira-dama, para os apoiadores.
Na sequência, ela lamentou a morte de Gal Costa. "Eu quero dizer que eu desci aqui para dar um abraço em vocês, para sentir um pouco de carinho, porque eu estou muito triste com a morte da Gal Costa, uma companheira que esteve com a gente nessa caminhada. A gente abraçou ela neste ano, no show da Mangueira no Canecão [no Rio de Janeiro]. Eu estou muito, muito triste. É um momento de alegria de encontrar com vocês, mas também é um momento que estou muito triste", afirmou.
"Eu queria deixar um abraço para a família da Gal para todo mundo, para sentir conforto, porque ela vai estar sempre nos nossos corações e vamos repercutir a voz dela para sempre", completou.
A cantora era uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último fim de semana, mas teve sua participação cancelada de última hora. De acordo com sua equipe, ela precisava se recuperar após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita e ficaria fora dos palcos até o final de novembro, seguindo recomendações médicas.
A cirurgia ocorreu em setembro, pouco após sua apresentação em outro festival de música em São Paulo, o Coala. De lá para cá, ela não havia voltado aos shows, mas já tinha datas da turnê As Várias Pontas de uma Estrela marcadas para dezembro e janeiro.