Yeah Yeah Yeahs faz show explosivo e dançante para plateia desinteressada

Por ISABELA YU

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na onda dos retornos de bandas do início dos anos 2000, o Yeah Yeah Yeahs é um exemplo de grupo que merecia de fasto uma segunda chance em 2023. O grupo foi escalado de última hora para compor a programação do palco Skyline, no The Town, após o cancelamento do Queens of the Stone Age.

"Spitting of the Edge of the World", faixa do disco lançado no ano passado, "Cool It Down", abriu o show do grupo formado por Karen O, Nick Zinner e Brian Chase, que não tocavam juntos desde 2013, quando lançaram o álbum "Mosquito."

Do novo trabalho, eles apresentaram ainda "Burning" e "Wolf", bons exemplos da sonoridade indie rock e eletrônica que levou o grupo ao sucesso no mercado independente. No entanto, elas não empolgam como as canções dos discos clássicos, "Fever to Tell", de 2003, e "It?s Blitz!", de 2009. Do disco de 2006, "Show Your Bones", eles tocaram "Gold Lion."

Feroz no palco, Karen O pulou e dançou enquanto segurava os agudos mais altos. Ainda que uma parcela do público estivesse hipnotizado pela vocalista, a maioria estava ansiosa mesmo era pelo show do Foo Fighters, e não se impressionaram com a performance.

Antes de cantar "Maps", a vocalista fez uma dedicatória: "Essa é a música romântica do Yeah Yeah Yeahs. Quero dedicá-la ao Queens of the Stone Age, a rainha Shirley Mason e a todos os apaixonados nesta noite de sábado."

A cantora dedicou uma série de elogios à vocalista do Garbage, lembrando que a escocesa foi a sua mentora na música. "Pioneira do rock, ela está no topo da minha lista de artistas favoritas", disse.

No bloco mais dançante, a banda emendou "Heads Will Roll", com direito a chuva de papel picado, e "Y Control." Para encerrar, fizeram uma versão de "Song for the Dead", de Queens of the Stone. Durante o show, alguns detalhes chamaram a atenção, como o fato de os dois telões terem falhado diversas vezes e uma pessoa ter ficado presa no meio do caminho da tirolesa.