Atriz de 'Seinfeld', Julia Louis-Dreyfus diz não saber nada sobre retorno da série
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No último sábado, diante de uma plateia em Boston em sua turnê de stand-up nos Estados Unidos, Jerry Seinfeld confessou ter "um segredinho" sobre seu programa, cujo final foi assistido por 76 milhões de espectadores americanos quando foi ao ar em 1998.
"Algo relacionado àquele final vai acontecer. Ainda não aconteceu", ele disse. "Exatamente o que vocês estão pensando, Larry [David, co-criador] e eu também estamos pensando. Então, vocês verão."
Em entrevista ao jornal The Guardian na quarta (11), a atriz Julia Louis-Dreyfus, que vivia Elaine Benes no programa, comentou a situação. "Sim, eu vi [essa notícia] ontem à noite. E eu não faço ideia do que diabos ele está falando", afirmou.
Antes dela, reações nas redes sociais especulavam a que a fala de Seinfeld poderia se referir. Ainda mais em época de reboots como os de "Frasier", da Paramount, exibido nesta quinta (12) depois de quase 20 anos de ausência nas telas. Ou da reunião de "Friends", em 2021, que se tornou o programa mais assistido da Sky One.
Louis-Dreyfus, entre todo o elenco de "Seinfeld", na teoria é a que menos precisa de um retorno deste tipo. Além de atuar em programas de sucesso, como "Veep", ela também teve boa receptividade no cinema com papéis nas comédias "À Procura do Amor" (2013) e "Você Mexeu Com A Minha Vida" (2023).
Seu projeto mais recente amplia ainda mais dramaticamente essa gama. "Tuesday", um conto de fadas contemporâneo sobre o luto, teve sua estreia no Reino Unido no Festival de Cinema de Londres no início desta semana, gerando considerável expectativa para o Oscar devido à atuação de Louis-Dreyfus.
No filme, ela interpreta uma mãe solteira em negação sobre a doença terminal de sua filha adolescente, Tuesday, interpretada por Lola Petticrew. Quando a figura da morte chega na forma de uma arara falante gigante, ambas tentam adiar o inevitável barganhando com ela.
Tanto Dreyfus, 62 anos, quanto Petticrew, 27 anos, ?mais conhecida pelo filme "Dating Amber" e pela série da BBC One "Bloodlands"? relatam ter saído das filmagens melhor preparadas para discutir a mortalidade.
"As conversas sobre a morte e o morrer são compreensivelmente limitadas e carregadas de emoção", diz Louis-Dreyfus. "Perdi pessoas próximas da minha família e é devastador toda vez. Você não considera que as pessoas vão morrer, o que é completamente irracional, mas é o que devemos fazer para viver. No entanto, há valor em falar sobre esse assunto."