Paulo Coelho rebate criticas de Tabata Amaral a Lula após comparação de ação de Israel ao Holocausto
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O escritor Paulo Coelho usou as redes sociais para criticar os comentários da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) com relação a comparação sobre os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele compartilhou no X (antigo Twitter) um vídeo do pronunciamento de um judeu filho de vítimas dos campos de concentração. "Entendeu, Tabata Amaral? Se não entendeu, leia as legendas",começou ele.
No vídeo, o judeu reage contra o que chama de crimes do estado de Israel contra os palestinos. Ele conta que os pais tiveram em campo de concentração nos anos de 1930 e perderam vários parentes na época da Alemanha nazista.
"Não ficarei em silêncio quando Israel comentar seus crimes contra os palestinos. E considero que não há nada mais depreciável que usar o sofrimento e martírio deles para tentar justificar a tortura, a brutalização, a demolição de casas que Israel comete diariamente contra os palestinos", diz parte do vídeo publicado por Paulo Coelho.
No domingo (18), durante uma coletiva de imprensa em Adis Abeba, na Etiópia, Lula falou que "o que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus". O presidente ainda disse que defendia a criação de um estado palestino e o conflito "não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. Não é uma guerra, é um genocídio", completou. A fala repercutiu mundialmente e o presidente brasileiro chegou a ser declarado "persona non grata" por Israel.
Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Tabata afirmou que falas como de Lula "só alimentam com mais ódio essa tragédia e nos afastam de seu fim", lamentou. "Comparar a guerra atual ao Holocausto, no qual 6 milhões de judeus foram sistematicamente assassinados pelo regime nazista, é errado e irresponsável. Precisamos sim de um cessar-fogo urgente na Palestina e da liberação dos reféns israelenses. O número de vítimas é inaceitável", escreveu.