Etcoetera desponta no cenário musical de JF
Independente, banda local vem se consolidando com músicas próprias e estilo que mescla rock, reggae e pop. Intenção é gravar CD em meados de 2014
Repórter
13/4/2013
Fundada em 19 de agosto de 2011, a Etcoetera, com uma batida ora mais pesada, ora mais lenta, tem levado um grande número de fãs aos locais onde se apresenta, seja chopadas universitárias ou casas noturnas. Influenciada por ícones do reggae, como Bob Marley e a banda Sublime, além dos brasileiros do Skank, O Rappa, Cidade Negra, Paralamas do Sucesso e Jorge Benjor, a banda não se considera presa a um ritmo e passeia pelo rock, reggae, pop e até MPB.
Sua origem é semelhante a da maioria das bandas: um grupo de amigos com gostos em comum. Originalmente com três integrantes, a banda passou por outras formações, sempre com um integrante mais veterano trazendo um novo, até se consolidar no formato atual: o vocalista Dudu, o guitarrista Villela, o baixista Vinícius, o baterista Balut e o tecladista Daniel. Além do quinteto, a banda conta com Henrique Aguiar, irmão do vocalista, que é uma espécie de produtor e assessor, ajudando nos bastidores.
"Não queremos ficar presos a um só ritmo. Essa mescla acaba ocorrendo naturalmente na hora que compomos as músicas e durante a escolha do repertório dos shows. Mas é lógico que não vamos tocar um sertanejo", brinca o vocalista Dudu. Ele explica que, nos shows, além das seis músicas que a banda já gravou, são tocados covers dos artistas apreciados pelos integrantes, mas sempre tentando dar uma nova roupagem. "A gente sabe que o som que fazemos não é o que atualmente agrada mais às grandes massas, mas é evidente que há espaço para todos os tipos musicais. Nosso público é muito mesclado e, graças a Deus, tem muita gente no mundo", comenta o vocalista.
Dificuldade de consolidação e importância da internet
"Para começar, eu não tenho a menor ideia do que a gente faria sem o Facebook. Toda a história da banda está registrada lá. É uma ferramenta gratuita, com um alcance muito grande e direcionado. Na semana passada, nossa música nova, Deixa Valer, foi lançada lá. E assim conseguimos um grande retorno dos fãs. A gente faz questão de participar desse gerenciamento", afirma Dudu.
Mas, se a internet é uma ferramenta importantíssima para bandas em início de carreira, há algumas dificuldades que precisam ser resolvidas na conversa. O vocalista conta que, no início, era preciso bater de porta em porta para conseguir se apresentar. "Nosso primeiro desafio foi convencer as pessoas de que não éramos uma banda de moleques. O mais velho tem 22 anos, e e natural que os donos de bar e casas noturnas e os organizadores de chopadas tivessem o 'pé atrás' com a gente. Hoje isso mudou. Mas é difícil se projetar e ter o trabalho reconhecido. Eu costumo dizer que tudo passa pelas mãos dos contratantes. Se ele paga o preço justo, a banda consegue melhores equipamentos e faz um show de maior qualidade. Isso traz mais público ao local. No fim, é um círculo. Todos ganham."
Próximos shows e projetos futuros
Com os pés no chão, a banda sabe que, neste momento, o principal é ganhar experiência. "Primeiro a gente quer tocar. Precisamos de shows para evoluir como músicos. Mais para a frente, provavelmente em meados de 2014, a gente quer lançar nosso CD. Temos a intenção de gravar shows e fazer um videoclipe também, mas o CD é fundamental. Com ele, a banda cria uma unidade musical", explica Dudu.
O baixista Vinícius comenta que, por ser uma banda independente, é preciso ter noção da realidade. "A gente tem consciência de que faz o melhor que pode com os recursos que temos. Nossas músicas têm qualidade, mas tudo o que fazemos sai do nosso bolso. O dinheiro que a banda ganha nos shows é usado para incrementar nosso trabalho", afirma.
Quem quiser conferir o som de Dudu, Vinícius, Balut, Villela e Daniel pode acessar a página da Etcoetera no Facebook, onde as seis músicas estão disponíveis. Quem quiser ir mais além, tem quatro oportunidades, nos próximos meses, de conferir shows ao vivo. No dia 20 de abril, a Etcoetera se apresenta na Mansão. Já em maio, no dia 15, a banda abre o show dos Paralamas do Sucesso, na Exposição de São João Nepomuceno. Três dias depois, é a vez de se apresentar no palco do Parque de Exposições, em Juiz de Fora. Em junho, o quinteto está confirmado para Chopada da Odontologia de UFJF, no dia 8.
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