Oficina de audiovisual propõe liberdade de criação a estudantes da rede pública de JF
Repórter
Alunos entre 15 e 17 anos de três escolas públicas de Juiz de Fora, a Escola Municipal Menelick de Carvalho, o Centro Educacional de Referência Herval da Cruz Braz e o Colégio de Aplicação João XXIII, participaram, nesta quinta-feira, 18 de novembro, da Oficina Querô, de criação de minimetragens.
"A ideia é fazer com que os estudantes tenham contato com o audiovisual a partir da proposta de criação livre, fugindo dos parâmetros muitas vezes propostos pelas escolas", explica uma das responsáveis pela oficina, Erica Rodrigues.
Outra responsável, Edileis Novais, ressalta que a intenção é fazer com que os alunos se tornem disseminadores dos conceitos aprendidos durante a realização da oficina. "Muitas vezes eles não têm voz no meio onde estão inseridos. Por meio do cinema, é possível criar, relatar e ousar, o que pode contribuir para o desenvolvimento do processo de aprendizagem."
Ela reforça, ainda, o objetivo de quebra de paradigmas. "O que temos na criação é o abandono da formalidade trabalhada em instituições, o que abre caminho para a curiosidade e a criatividade. A grande dica é estar aberto ao que vai acontecendo durante o processo de produção do filme, afinal, fazer cinema, é pensar o artístico, além de trabalhar em conjunto."
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Para o aluno do Centro Educacional de Referência Herval da Cruz Braz, Vítor Lucas Tavares, de 15 anos, a oportunidade representa possibilidade de produções futuras. "Sempre gostei de cinema e pretendo passar tudo o que estou vendo aqui para os colegas que não tiveram oportunidade de participar."
Já para a estudante do Colégio de Aplicação João XXIII, Thaís Alvim, de 14 anos, a oficina vai contribuir com um projeto de cinema que vem sendo desenvolvido na disciplina de teatro. "Ter contato com produção de roteiro, filmagem e edição é muito bacana."
A Oficina Querô faz parte da programação do Festival Primeiro Plano 2010, que é realizado em Juiz de Fora até o próximo dia 21. O projeto Oficinas Querô nasceu, em 2004, como forma de preparação de elenco para o longa Querô, dirigido por Carlos Cortez.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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