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Associação cria abaixo-assinado contra leilão da Casa D'Itália em Juiz de Fora
Editor
A Associação Ítalo Brasileira San Francesco di Paola, mantenedora da Casa D'Itália em Juiz de Fora, criou um abaixo-assinado virtual contra o leilão do imóvel pelo Consulado Italiano em Belo Horizonte.
O documento, criado no dia 3 de outubro já contabiliza mais de 6.922 assinaturas, sendo que a meta estipulada é de 7.500.
O texto faz um "apelo ao ministro das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itália, Luigi di Maio":
"Nós, abaixo assinados, cidadãos italianos, brasileiros e ítalo-descendentes, por meio deste apelo, vimos expressar o nosso repúdio à atitude do Estado Italiano que, através do Consulado da Itália em Belo Horizonte, decidiu leiloar o prédio histórico da Casa D'Italia. Trata-se de um edifício tombado como patrimônio do município de Juiz de Fora, devido à sua importância histórica e cultural para a cidade e para toda a coletividade ítalo-descendente. Desapropriar o imóvel e vendê-lo significa apagar a história de um povo que com todo esforço construiu esta Casa há 80 anos e a mantém viva até os dias de hoje. Pedimos ao Sr. Ministro das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional, Luigi Di Maio, em Roma - Itália, e ao Subsecretário Geral com responsabilidade sobre a América Latina, Ricardo Merlo, que se manifestem em favor desta causa, suspendendo o leilão, em respeito e consideração à história dos imigrantes italianos que tanto contribuíram para preservar suas raízes e divulgar a cultura italiana no Brasil".
Entenda o caso
A Casa D'Italia em Juiz de Fora vai a leilão no dia 3 de dezembro. O documento com data da última quarta-feira, 30 de setembro, assinado pelo cônsul Dario Savarese, representante do Consulado da Itália em Belo Horizonte, foi publicado no site.
Segundo o documento, o lance inicial é de R$ 21 milhões, sendo R$ 19,5 milhões para o casarão da Avenida Barão do Rio Branco - construído em uma área total de 3.309m² - e R$ 1,5 milhão para o segundo imóvel, situado à rua Henrique Surerus, com 245m². "Trata-se de uma construção protegida pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento da Prefeitura de Juiz de Fora. Segundo os termos do tombamento arquitetônico, devem ser preservadas a volumetria do edifício, assim como a organização formal das suas quatro fachadas e a divisão do espaço interno, segundo a sua concepção original", explica o texto. Confira a matéria.