ajuda ao pr?ximo como solu??o de problemas sociais
Fernanda Leonel
Rep?rter
15/05/2006
Ajudar ao pr?ximo faz bem. E n?o s? faz bem a quem recebe o
servi?o, carinho ou aten??o. Ser um volunt?rio, participar da melhoria da
qualidade de vida do pr?ximo ? definida por quem conhece a experi?ncia de
perto como algo "indescrit?vel"
.
O Brasil, segundo relat?rio da ONU publicado em 2001, possui 14 milh?es de pessoas envolvidas em a?es de ajuda. A maioria delas, adultos de 35 a 55 anos que dedicam, em m?dia, um dia e meio por semana ao voluntariado.
Num pa?s como o Brasil, que segundo a Funda??o Get?lio Vargas tem uma m?dia de 50 milh?es de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, o papel dos volunt?rios tem uma import?ncia ainda maior. J? que, a partir de iniciativa de poucos, o futuro de muitos pode mudar.
Em Juiz de Fora a situa??o n?o ? diferente. As aproximadamente 80 ONG?s e institui?es assistenciais da cidade trabalham em sua grande maioria com a dedica??o gratuita de algumas pessoas. Na falta de grandes verbas e na vontade de fazer melhor, essas creches, lares e pensionatos depositam na bondade e no amor ao pr?ximo de alguns, a possibilidade de continuar com as portas abertas.
A ACESSA.com resolveu conhecer a hist?ria de pessoas que decidiram reservar um tempo para se dedicar ao pr?ximo, que deu um"chega pra l?"na famosa desculpa do
"n?o tenho tempo"para proporcionar momentos de alegria ou conforto para muita gente que tem pouco.
Ajuda ao pr?ximo
A hist?ria de dona L?da Maria de Freitas Almeida (foto) exemplifica muito bem essa hist?ria. H?
aproximadamente sete anos ela resolveu dedicar boa parte do seu tempo aos
mais necessitados. Tudo come?ou ainda na Pastoral Social da Igreja Nossa
Senhora do L?bano, quando ela ajudava a comprar e distribuir cestas b?sicas
para desempregados e doentes do bairro Graja?.
Junto com as amigas da Pastoral, ela fazia sindic?ncias nas ruas para saber
quem seriam os mais necessitados para receber as cestas montadas pela
igreja. Recolhia dados e informa?es, ajudava sempre com uma palavra amiga,
e se n?o conseguisse ajudar de imediato com o que a Pastoral
disponibilizasse, dava um "jeitinho"
para ver mais e mais gente feliz.
Depois que o trabalho da Pastoral acabou, L?da continuou por conta pr?pria. S? que, dessa vez, resolveu separar roupas para beb?s e crian?as carentes com o pessoal da comunidade. Mobilizou amigas para fazerem sapatinhos de tric? para ela distribuir aos mais necessitados. E ainda recolhe na igreja e na casa de quem ela conhece roupinhas em bom estado para repassar para novos beb?s.
"N?o quis parar com a ajuda, mesmo depois que a pastoral acabou. A gente tem
que ser solid?rio com quem precisa. Eu me sinto muito bem ajudando"
, conta L?da, complementando que os trabalhos volunt?rios fazem muito bem tamb?m
para a sa?de do corpo e da mente.
Toda quarta-feira, ela tamb?m canta no Lar das Vov?s, uma casa de repouso da cidade que atende idosos. E l? que L?da e a amiga Concei??o Fonseca (foto) repartem sorrisos e cantigas de roda com a terceira idade.
Dona Concei??o, al?m de cantar no lar, tamb?m ? volunt?ria no Educand?rio Carlos Chagas. Uma ou duas vezes por m?s ela mobiliza os seus vizinhos para que todos doem alguma quantia ou mantimento para o lanche mensal que ela prepara para os atendidos do Educand?rio.
Bolo, pipoca, hamb?rger. Tudo passa pelo card?pio preparado por Concei??o, que faz a alegria dos, em m?dia, 60 adolescentes atendidos. De vez em quando, a volunt?ria tamb?m inova o lanche: na p?scoa, por exemplo, todo mundo ganhou bombom e repartiu ovos de p?scoa para comemorar a chegada do dia do coelhinho.
Dona Concei??o conta que foi uma amiga que j? trabalhava como volunt?ria e
que a incentivou a tamb?m trabalhar pelo pr?ximo."Tem sido uma experi?ncia
maravilhosa. Me sinto melhor, acredito que ajudo. Enfim, tenho vivido muito
mais feliz"
, resume.
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