JF tem 149 crianças e adolescentes em situação de acolhimento em institui?es

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Quinta-feira, 13 de maio de 2010, atualizada às 17h30

JF tem 149 crianças e adolescentes em situação de acolhimento em instituições

Aline Furtado
Repórter

Atualmente, Juiz de Fora tem 149 crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional. Estes jovens estão em instituições como a Casa do Aconchego, Casa Aberta, Casa de Acolhida Lumiar, além de duas conveniadas com a Secretaria de Assistência Social (SAS), as Aldeias SOS e o Centro de Promoção ao Menor (Ceprom).

Os menores são direcionados às instituições pelo Conselho Tutelar e pela Vara da Infância e da Juventude devido ao fato de terem os direitos violados, seja por abuso sexual, maus-tratos, abandono ou negligência por parte da família.

Para suprir a demanda, está funcionando na cidade, desde o dia 1º de abril, a Casa de Acolhida Lumiar, destinada ao acolhimento de adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos. O local, fruto de uma parceria entre a Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac) e a SAS, será inaugurado oficialmente na próxima terça-feira, dia 18.

Segundo a chefe do Departamento de Medidas Sócio-Jurídicas da SAS, Rita Fajardo, o espaço foi criado devido à alta demanda na cidade. "Com o fechamento de duas instituições no ano passado, devido a denúncias, foi necessário criar mais um local para cobrir esta lacuna." De acordo com Rita, a demanda é maior para adolescentes do que para crianças.

Conforme a coordenadora executiva de programas de Alta Complexidade da AMAC, Cyntia Caputo Weiss Xavier, a casa é para acolhimento provisório. "Nosso objetivo é reforçar o convívio familiar, priorizando a reinserção neste núcleo. Assim, os adolescentes são encaminhados apenas no caso de não haver condições de serem cuidados por outros membros da família." O tempo máximo de permanência nos locais de acolhimento é de dois anos.

A Casa de Acolhida Lumiar, assim como os outros locais de acolhimento na cidade, funciona 24 horas por dia e oferece atendimento psicológico, de assistentes e educadores sociais. "A cada seis meses são enviados relatórios ao órgão que encaminhou estas crianças para que haja acompanhamento da situação. Além disso, as famílias também são atendidas", explica a chefe. A Casa de Acolhida Lumiar funciona na avenida Juiz de Fora, 25, bairro Parque Independência.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes