Investidores monitoram temores de aperto monetário no mercado
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar tinha pouca alteração frente ao real nesta segunda-feira (5), em sessão de volumes reduzidos devido ao feriado nos Estados Unidos, enquanto investidores continuavam monitorando temores internacionais de aperto monetário e o noticiário eleitoral doméstico.
Às 9h10 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,07%, a R$ 5,1829 na venda.
Na B3, às 9h10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,26%, a R$ 5,2180.
Na sexta-feira (2), o dólar comercial caiu 0,97%, cotado a R$ 5,1870. O dólar também perdeu fôlego globalmente, um dia após ter alcançado a maior valorização em duas décadas.
O Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores, fechou em alta de 0,42%, aos 110.864 pontos.
Dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos demonstraram ligeiro aumento do desemprego, gerando expectativa de que a política de elevação de juros para controle da inflação no país esteja fazendo efeito.
Com isso, parte do mercado avalia que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) poderá ser menos rigoroso com o seu aperto monetário.
A geração mais fraca de vagas em agosto não quer dizer que o mercado de trabalho americano está com o pé no freio. Mas o relatório ameniza preocupações ao mostrar que o Fed poderá ter sucesso em esfriar a economia sem necessariamente promover uma elevação de juros muito acima do que o esperado.
Juros muito altos nos Estados Unidos tendem a motivar investidores de todo o mundo a aplicarem na renda fixa americana, mais precisamente, nos títulos do Tesouro do país. Isso diminui a disponibilidade de dinheiro para o investimento em ações de empresas.
Há consenso entre analistas sobre a necessidade de aperto ao crédito para equilibrar a relação entre oferta e demanda no consumo. Mas uma alta exagerada dos juros pode significar uma recessão global.
Em um cenário otimista, a taxa de juros do país, hoje na casa de 2,5%, será elevada em mais 0,50 ponto percentual na reunião do Fed deste mês.
Já um aumento de 0,75 ponto, repetindo a dose aplicada nas duas reuniões mais recentes, seria considerado agressivo.
Com Reuters