Bancos cumprimentam Lula e estão à disposição para diálogo com governo
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou um comunicado após o fim das eleições deste domingo (30) cumprimentando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória, além de saudar o processo democrático brasileiro.
O setor bancário, que tradicionalmente se posiciona com pautas voltadas para o desenvolvimento do país, está à disposição para colaborar com o novo governo. Ao longo dos últimos meses, a Febraban promoveu e participou de encontros com candidatos e suas equipes, expondo temas importantes para o crescimento sustentável da economia, maior justiça social e a melhoria do ambiente de negócios
"Entre os temas discutidos, tratamos de controle da inflação, responsabilidade fiscal, manutenção da autonomia do Banco Central, priorização das reformas tributária e administrativa, atração de investimentos e medidas voltadas à redução do custo de crédito para os consumidores", completa a nota.
Lula foi eleito presidente da República pela terceira vez. O petista superou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Esta é a quinta eleição do PT para a chefia do país ?sempre em segundo turno? e a primeira vez que um presidente no exercício do mandato perde a reeleição.
Lula teve numericamente a maior votação da história ?às 23h, somava 60.345.737 votos. O recorde anterior era dele mesmo, em 2006, com 58.295.042 votos.
O petista acompanhou a apuração em casa e fez um pronunciamento em um hotel próximo à avenida Paulista, região central de São Paulo. Bolsonaro está em Brasília e ainda não se comentou a derrota.
O petista é o primeiro a ser eleito presidente da República pelo voto direto três vezes ?antes, venceu em 2002 e 2006. Rodrigues Alves (1902 e 1918), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) venceram duas vezes ?Getúlio Vargas foi eleito indiretamente em 1934 e pelo voto direto em 1950.
Lula volta ao Planalto três anos depois de deixar a prisão em Curitiba, onde foi condenado pela Justiça após investigações da Operação Lava Jato.
A sentença, referendada em segunda instância, tirou do petista seus direitos políticos e a chance de disputar a eleição de 2018 ?à época, ele liderava as pesquisas de intenção de voto.