Na falta de promoção real, consumidor compra camisa e bandeira do Brasil na Black Friday

Por DANIELE MADUREIRA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pesquisa do site brasileiro Reclame Aqui, na manhã desta sexta-feira (25) de Black Friday, apontou que 77% dos consumidores ainda não tinham feito suas compras aproveitando a data.

Destes, a maioria (56%) ainda pretende comprar, mas está enfrentando um problema já expresso em memes nas redes sociais: falta promoção de verdade.

De acordo com o levantamento, 47% dos entrevistados disseram que não encontraram bons descontos, enquanto 16% afirmam que esta Black Friday está mais cara que o evento do ano passado. Para 20%, no entanto, os preços estão dentro da expectativa e 17% encontraram bons descontos para o que procuravam.

A pesquisa realizada até o meio-dia desta sexta-feira ouviu mil usuários do Reclame Aqui.

Para o site de reclamações, o fato de mais de três quartos dos consumidores (77%) ainda não terem feito suas compras até a manhã desta sexta (considerando que a virada de quinta para sexta concentra a maioria das compras) -mas que mais da metade deles (56%) ainda pretende aproveitar a data- indica um comportamento de planejamento e pesquisa, sem compras por impulso.

Entre os que compraram há dois extremos, segundo o site: 43% gastaram entre R$ 100 e R$ 500 com produtos como camisetas, calças, calçados, perfumaria e tênis, por exemplo. Na outra ponta, 36% desembolsaram mais de R$ 1.000, com itens como smartphones e TVs.

A imensa maioria (85%) está comprando nas lojas online. No ambiente virtual, alguns consumidores estão comprando em redes sociais (5,5%) e em live commerces (2,7%). As lojas físicas receberam apenas 6,6% dos compradores da amostra.

Surpreendentemente, a maioria (57%) não está antecipando compras de Natal e vai esperar para comprar mais para frente.

Na opinião de Fabio Carneiro, presidente do Promobit -site que agrega dicas de ofertas de ecommerces- a Black Friday está sendo bem diferente da expectativa. "Algumas categorias mais desejadas como TVs, notebooks e smartphones, não tiveram descontos tão agressivos e decepcionaram um pouco os usuários", afirmou. "Houve descontos, mas nada surreal ou fora da curva."

Mesmo a categoria de games, que apresentou média de descontos bem agressiva, não foi tão boa quanto poderia, diz Carneiro. Os descontos não vieram dos jogos mais desejados ou consoles da nova geração.

GALAXY S20 E IPHONE 13 LIDERAM CLIQUES NO GOOGLE SHOPPING

Boletim da Black Friday do Google, divulgado no início da tarde desta sexta-feira, informa que a camisa canarinho domina as buscas por produtos no Google e os cliques no Google Shopping. As pesquisas por camisa do Brasil aumentaram 412% às 8h da manhã, na comparação com as duas horas anteriores.

Nas últimas 24 horas, o interesse pela bandeira do Brasil no Google Shopping dobrou. Ontem, quinta-feira (24), data da estreia do Brasil na Copa do Mundo do Qatar, o termo 'vuvuzela' dominou as buscas.

De acordo com o Google, o interesse por smartphones está em alta. O termo iPhone 13 está entre as dez principais pesquisas por produtos entre 6h e 8h desta sexta-feira (25).

Já os cliques no Google Shopping envolvendo a categoria cresceram 41% nas últimas 24 horas. No período, dos 20 produtos mais clicados no shopping, 10 são celulares.

Na virada da Black Friday, o interesse por máquinas para lavar e secar dispararam no Google no Brasil. Às 0h de sexta-feira, as buscas por 'lava e seca' chegaram a crescer 75% em relação às duas horas anteriores. Entre as buscas por eletrodomésticos de maior crescimento no período, oito estiveram relacionadas ao produto.

O termo 'lava e seca' também ficou entre as 20 buscas por produtos que mais geraram cliques no Google Shopping entre 22h de quinta-feira e 0h de sexta-feira.

Entre as 8h e 10h desta sexta-feira, os produtos que tiveram maior crescimento nas buscas foram notebook (+118%); air fryer (+103%) e micro-ondas (+96%), em comparação às duas horas anteriores.

QUANTO VOCÊ JÁ GASTOU NA BLACK FRIDAY 2022?

Até R$ 100 ? 12,2%

Entre R$ 100 e R$ 300 ? 20%

Entre 300 e R$ 500 ? 10,6%

Entre R$ 500 e R$ 700 ? 4,4%

Entre R$ 700 e R$ 900 ? 7,2%

Entre R$ 1.000 e R$ 2.000 ? 20%

Entre R$ 2.000 e R$ 4.000 ? 9,4%

Mais de R$ 4.000 ? 16,1%

Fonte: Reclame Aqui