Sob Bolsonaro, mercado de blindados dispara

Por JULIO WIZIACK

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O medo da violência turbinou as vendas das empresas de blindagem de veículos nos últimos anos, marcados também pela liberação, sem precedentes, de armas para civis no Brasil.

Dados da Abrablin, a associação do setor, mostram que, durante a gestão Jair Bolsonaro, foram, em média, 18 mil veículos protegidos contra tiros por ano ?patamar que havia caído para 15 mil no segundo mandato de Dilma Rousseff e também no governo Michel Temer.

Segundo a Carbon Blindados, principal blindadora de veículos civis do mundo, São Paulo segue como carro-chefe do negócio.

Somente entre janeiro e outubro deste ano, a empresa realizou 3.400 blindagens, superando o volume total de 2021 (3.000), que havia sido um recorde.

O presidente da empresa, Alessandro Ericsson, afirma que boa parte desse desempenho se deve à chancela dada por grandes montadoras estrangeiras à proteção extra.

A Carbon é credenciada pela Volvo. Também é indicada para blindagem de modelos da Jaguar, Land Rover e Toyota.

"Em grande parte, essa atuação conjunta com as principais marcas de carros premium nos permitiu atingir um faturamento de R$ 280 milhões, até outubro, e a projeção é de alcançarmos R$320 milhões até dezembro", disse Ericsson.