Indústria de pneus quer pedir para Lula rever medida de Bolsonaro para caminhoneiros
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com a saída de Bolsonaro, a indústria de pneus no Brasil se movimenta para levar ao novo governo as queixas do setor, cujos números despencaram após o fim do imposto de importação. A medida foi adotada no ano passado em meio a ameaças de greves de caminhoneiros.
Segundo a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), em novembro, os pneus de carga registraram quedas de 19,5% ante o mesmo mês de 2020 e de 9,5% em relação a novembro de 2021.
Na comparação com outubro, o recuou no mercado de pneus de carga ficou em 6,5% nas vendas para reposição e em 2,9% nas vendas para montadoras, resultando em total de 5,3%.
Segundo Klaus Curt Müller, presidente-executivo da Anip, além da redução nas vendas totais do mês, a perspectiva para o fechamento do ano no setor de pneumáticos é negativa.
Ele afirma que um dos principais fatores da retração "é o impacto da alíquota zero para importação de pneus de carga, que desde janeiro de 2021 vem causando desequilíbrio no mercado".
De acordo com a associação, o cenário já foi apresentado ao governo de transição.