Dólar começa o dia estável com Haddad e exterior no radar
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar operava estável frente ao real nos primeiros negócios desta quarta-feira (15), em meio a certo fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, enquanto, localmente, o mercado digeria declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a meta de inflação não está na pauta da reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) desta semana.
Após a afirmação na véspera, Haddad fala novamente nesta manhã em evento do BTG.
Às 9h12 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,03%, a R$ 5,2012 na venda.
Na B3, às 9h12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,13%, a R$ 5,2100.
Na terça (14), a moeda americana fechou em alta, reagindo a expectativas em relação à inflação nos EUA e no Brasil -com novos ruídos entre governo federal e Banco Central.
O dólar comercial encerrou o dia com valorização de 0,48%, a R$ 5,20 à vista na venda.
Pela manhã, o mercado tinha reagido positivamente às declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negando ter proposto mudar a meta de inflação durante entrevista ao programa Roda Viva na véspera. O dólar caiu, chegando a ser vendido por R$ 5,12 na mínima do dia.
Mas rumores de que o presidente Lula defendia um aumento de 1 ponto percentual na meta da inflação fizeram o dólar valorizar frente ao real.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou no início da noite da terça que a meta de inflação não está na pauta da reunião do conselho monetário na próxima quinta-feira (16).
O câmbio sente também os dados de inflação divulgados pelo governo americano. A desaceleração de preços veio abaixo do esperado e indica que os juros podem ser ficar mais altos.
Nesta quarta, as ações da China caíram, acompanhando a fraqueza em outros mercados asiáticos após dados mostrarem inflação ainda elevada nos Estados Unidos, enquanto preocupações geopolíticas e com a economia da China pesaram ainda mais sobre o sentimento dos investidores.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,52%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,39%. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,43% no dia.
Outras ações asiáticas também registraram perdas após os dados do índice de preços ao consumidor nos EUA e declarações de autoridades do banco central provocaram preocupações entre os investidores de que a taxa de juros ficará mais alta por mais tempo.
Enquanto isso, uma disputa diplomática entre a China e os Estados Unidos se aprofundou, com Pequim acusando Washington de usar balões de alta altitude em seu espaço aéreo e o de outros países, enquanto os militares norte-americanos examinavam os restos de um suposto balão espião chinês que caiu este mês.
Os investidores também aguardam mais provas de uma recuperação econômica depois que Pequim abandonou sua rígida política de Covid zero em dezembro.