Saiba como viajar de classe executiva para Buenos Aires pagando bem menos

Por GABRIEL JUSTO

SÃO PAULO,SP (FOLHAPRESS) - Viajar para fora do país é sempre assim: você entra no avião e, para chegar ao seu assento no aperto da classe econômica, é preciso atravessar os corredores da classe executiva, só observando o luxo, o conforto e os mimos oferecidos a quem topa pagar entre o dobro e o triplo do preço de um bilhete comum para chegar mais descansado ao seu destino.

Mas se você quer ter o gostinho de voar na "exec" sem necessariamente desembolsar dezenas de milhares de reais, saiba que isso é possível. Na América do Sul, a rota São Paulo-Buenos Aires é a que mais se beneficia de uma regra que permite voar na classe executiva por um preço mais acessível do que a tarifa normal para essa classe.

O principal diferencial das classes executivas é o assento, que reclina 180º até virar uma cama. Mas não só. Toda a experiência remete à hotelaria de luxo, com amenidades de grifes internacionais, refeições em várias etapas com pratos refinados servidos em louças finas, além de uma imensa variedade de bebidas alcoólicas à vontade -champanhe, inclusive. Além disso, passageiros da classe executiva sempre têm acesso a alguma sala VIP no aeroporto de embarque.

Para aproveitar todo esse conforto em voos internacionais de longo alcance, é preciso desembolsar entre R$ 12 mil e R$ 40 mil para ida e volta, a depender do destino e da época do ano.

Já entre São Paulo e Buenos Aires, também ida e volta, é possível encontrar passagens em classe executiva a partir de R$ 4,5 mil --o que equivale ao triplo do preço da classe econômica, mas ainda é bastante vantajoso para quem faz questão da experiência ou quer celebrar uma ocasião especial em alto estilo.

Para quem acumula milhas no cartão de crédito, também é possível emitir essas passagens através dos programas de fidelidade de companhias brasileiras, como o Smiles (da Gol) e o TudoAzul (da Azul). Com promoções que acontecem pontualmente, o resgate fica ainda mais vantajoso --afinal, por uma quantidade de pontos não muito maior, você consegue resgatar um serviço que, se pago em dinheiro, sairia uma fortuna.

Atualmente, além das nacionais Latam, Gol, Aerolíneas Argentinas e Flybondy (que só oferecem classe econômica), também operam no trecho São Paulo-Buenos Aires as estrangeiras Air Canada, Ethiopian Airlines, Turkish Airlines, Swiss e British Airways -todas com aeronaves de longo alcance, com assentos de classe executiva e até de primeira classe.

A partir do Galeão, no Rio de Janeiro, a Emirates também dá uma esticadinha até a capital argentina no seu voo proveniente de Dubai. Os voos de retorno sempre acontecem no mesmo dia ou no dia seguinte à partida do Brasil.

Veja quem opera a rota para Buenos Aires com preços promocionais na classe executiva:

**Air Canada**

(com voos vindos de Toronto e Montreal, no Canadá)

Aeronave: Boeing 777 ou 787 Dreamliner

Frequência: 6 voos por semana (exceto quintas) até 19/3; depois, 4 voos por semana (às segundas, quartas, quintas e sábado).

Diferencial: o serviço de bordo da Air Canada é tido como superior ao da maioria das companhias, em linha com os melhores do mercado. As poltronas executivas são individuais, dispostas no formato 1-2-1, com acesso ao corredor a todos os passageiros. No caso do seu voo ser operado em um 787 Dreamliner, você ainda estará voando em um dos aviões mais modernos da atualidade.

**Ethiopian Airlines**

(com voos vindos de Addis Ababa, na Etiópia)

Aeronave: Boeing 787 Dreamliner

Frequência: voos diários até 22/10; depois, 5 voos por semana (exceto terça e domingo)

Diferencial: A classe executiva da Ethiopian não é das mais luxuosas, mas a gentileza do serviço etíope costuma ser um ponto positivo para quem voa com a companhia. O farto cardápio inclui champanhe à vontade e comidas típicas do país.

**Turkish Airlines**

(com voos vindos de Istambul, na Turquia)

Aeronave: Boeing 777

Frequência: 4 voos por semana (às terças, quintas, sextas e domingos) até 10/9; depois, voos diários

Diferencial: Os clientes da classe executiva da Turkish recebem amenidades da Bentley, pantufas para usar durante o voo, além de acesso grátis ao wi-fi do avião e a um minibar com snack, frutas e chocolates à vontade. Neste ano, a Turkish anunciou que planeja retomar o seu voo de Istambul para o Rio de Janeiro, alimentando rumores de uma possível extensão deste voo até Santiago ?uma rota já operada no passado pela Qatar Airways.

**Swiss**

(com voos vindos de Zurique, na Suiça)

Aeronave: Boeing 777

Frequência: 2 voos por semana, às quartas e sábados)

Diferencial: A Swiss é famosa por ter um dos assentos de classe executiva mais espaçosos do mercado e de um serviço de bordo impecável. Além disso, ela é a única que, além da executiva, oferece também primeira classe ?que dá ainda mais privacidade ao passageiro e conta com um cardápio ainda mais requintado.

**British Airways**

(com voos vindos de Londres, no Reino Unido)

Aeronave: Airbus A350-1000

Frequência: 3 voos por semana, às segundas, quintas e sábados, até 25/3

Diferencial: Voar neste trecho com a British é uma ótima oportunidade de experienciar o A350-1000, a mais nova aeronave da família Airbus, que incorpora o que há de mais moderno na aviação comercial: dos confortáveis assentos sem vizinhos, com acesso direto ao corredor, até as janelas elétricas que são bem maiores que as convencionais.

**Emirates**

(com voos vindos de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para o Rio de Janeiro)

Aeronave: Boeing 777

Frequência: 4 voos por semana, às segundas, quartas, sextas e domingos, sempre partindo do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão

Diferencial: até mesmo na classe econômica, o conforto e o serviço de bordo da Emirates estão entre os melhores do mundo. Na executiva, que já foi eleita a melhor do mundo, os passageiros são chamados pelo nome, recebem toalhas quentes e champanhe logo após o embarque e provam um farto menu com uma carta de vinhos importados de diversas regiões do planeta. Os voos das companhias estrangeiras para Buenos Aires são sempre bate-volta. Ou seja: o voo de retorno é sempre no mesmo dia ou, dependendo do horário, no dia seguinte à partida do Brasil.