Sob pressão de credores, Hortifruti da Americanas derruba preço para massificar orgânicos

Por JULIO WIZIACK

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A pressão pela venda do hortifruti Natural da Terra não acabou com o possível acordo entre bancos e os acionistas de referência da Americanas, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Roberto Sicupira.

A rede foi adquirida por R$ 2,1 bilhões em agosto de 2021 e hoje está na mira dos credores da Americanas, que segue em recuperação judicial com uma dívida superior a R$ 40 bilhões.

O acordo deve sair, mas os demais credores ainda consideram a venda de ativos. Avaliam que o Hortifruti pode render mais de R$ 2 bilhões, especialmente se for incluída na venda sua participação no ramo de lojas de conveniência em postos de combustíveis. Trata-se de uma parceria com a Vibra (ex-BR).

Hoje, a rede do hortifruti conta com 77 lojas em SP, RJ, MG e ES e leva adiante seu plano de vendas. Tenta ampliar o peso dos orgânicos no seu mix de produtos e, para isso, fecha parcerias com produtores locais para derrubar preço. A ideia é equiparar o preço ao dos alimentos produzidos com agrotóxicos e outros insumos industrializados.