Ministra quer indicar presidente da Embrapii
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Articuladores políticos em Brasília afirmam que, a pedido da ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), operam para que o pernambucano Francisco Saboya seja o novo presidente da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).
Saboya foi superintendente do Sebrae no estado e é ligado à Universidade Federal de Pernambuco que, nesta terça (3) fecha parceria com a Embrapii.
A movimentação desse grupo pelo convencimento de quem decide pelo futuro chefe da agência de inovação fez surgir um movimento contrário conduzido por técnicos da própria Embrapii, que tentam emplacar o procurador federal Bruno Portela, ex-conselheiro jurídico dos ministérios da Indústria e Ciência e Tecnologia.
A Embrapii possui sistema de seleção técnica e currículos para a escolha de seus dirigentes. A disputa de forças que ocorre nos bastidores sinaliza uma manobra para desconsiderar o estatuto da agência.
Por meio de sua assessoria, a ministra disse que a escolha na Embrapii será feita pelo Comitê de Busca, definido pelo conselho de administração da agência.
Esse comitê, segundo a pasta, é formado por cinco integrantes: um representante da sociedade civil; dois da indústria; um do Ministério da Educação; e um do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Consultada, a Embrapii disse que o processo de seleção segue em curso.
A agência usa recursos de uma parceria estabelecida com os Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Educação (MEC) para financiar projetos de inovação na indústria.
Para isso, conecta pesquisa e empresas, e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado.
Ao todo, a agência opera com 89 centros de pesquisa universitários no país. Nesta terça (3), a ministra Luciana Santos anunciará mais um centro, assinando o termo de cooperação com a Universidade Federal de Pernambuco.
Serão investidos R$ 16 milhões na nova unidade de pesquisa que integrará o Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia da universidade reforçando um portfólio de R$ 2,6 bilhões nessa área.