Web Summit Rio sofre com lotação, mas é sucesso entre empresas

Por PEDRO S.TEIXEIRA

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O público se deparou com filas, e teve gente de fora de aulas magnas e palestras no Web Summit Rio, a versão carioca da maior feira de tecnologia da Europa, com ingressos a partir de R$ 2.000.

Quem perdia as atrações ficava sem acesso ao conteúdo do debate, já que apenas os encontros do palco principal eram transmitidos ao vivo. A voz dos palestrantes desse palco, ao menos, era mais audível na transmissão do que na arquibancada superior do Pavilhão das Artes do Riocentro, o maior espaço do local do evento.

Na hora de deixar o Web Summit, faltaram táxis e carros de apps para os 21.367 pagantes. Filas se formaram com os participantes serpenteando pelo Riocentro. No primeiro dia, pessoas relataram esperar mais de duas horas para conseguir transporte.

Os assuntos foram vários: inteligência artificial, fintechs, cripto, inovação, marketing, ambiente, educação, saúde e urbanismo.

Vozes críticas aos efeitos da tecnologia e pensadores, contudo, foram poucas. O entusiasta da inteligência artificial Ben Goertzel foi um dos poucos acadêmicos, ao lado de Meredith Whittaker. Representantes da indústria predominaram entre os porta-vozes. Falou-se muito do presente e pouco do futuro.

De qualquer forma, quem investiu no evento saiu satisfeito. As palestras chamadas de masterclass, ministradas por parceiros que pagaram R$ 70 mil, estavam todas lotadas e receberam elogios.

Quem não montou um estande se disse arrependido. Executivos ouvidos pela reportagem, sob anonimato, já fazem planos para a edição de 2024.

Quem também faturou com o evento foi a cidade. A Prefeitura do Rio de Janeiro projeta que o Web Summit deva movimentar mais de R$ 1,2 bilhão na cidade até 2028.

O jornalista viajou a convite da Stone