Lançamento do Novo PAC é adiado para início de agosto, a pedido de Lula
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou, nesta segunda-feira (17), que o lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será adiado mais uma vez.
Agora, a pedido do presidente Lula (PT). De acordo com uma nota divulgada pela Casa Civil, o mandatário "sinalizou em ligação que pretende aguardar o fim do recesso no Congresso Nacional para o lançamento". O ministério disse ainda que a data do evento será anunciada nos próximos dias.
A cerimônia estava marcada para o próximo dia 27, no Palácio do Planalto. Mas Lula quer ampla participação de deputados e senadores, que só voltam a Brasília em agosto.
O Planalto trabalha para consolidar a base de apoio do governo no Congresso, e o presidente negocia entrada mais ampla do centrão na Esplanada, com trocas previstas também para agosto.
A reformulação do PAC é uma das principais bandeiras do governo Lula 3, e vem sendo citado na maioria das falas públicas do chefe do Executivo.
Trata-se de mais um adiamento do seu anúncio, que vem sendo esperando desde abril, quando Rui Costa disse que seria lançado, pela primeira vez. Desde então, o cronograma sofreu sucessivos adiamentos. A Casa Civil argumenta que o período a mais se deu por diferentes fatores --entre eles, o que chamam de "projeto de desconstrução do planejamento" das estruturas federais e estaduais nos últimos anos.
A Folha de S.Paulo mostrou em junho que o governo trabalhava com a expectativa de lançar em julho o chamado Novo PAC com cerca de 2.000 obras, entre empreendimentos federais e estaduais.
A pasta tinha, à época, 356 projetos indicados pelos estados. A estimativa é que o número de obras federais, que será a maior parte do leque de empreendimentos, fique em torno de 1.700.
Em entrevista ao jornal O Globo, no domingo, Costa disse que a previsão de orçamento público para o programa é de R$ 60 bilhões, fora as PPPs (parcerias público e privadas) e os investimentos de estados e municípios.
Outra novidade do programa é que o governo federal aumentou para sete a quantidade de eixos do programa, incluindo um específico para gastos com Defesa.
A reativação da indústria da Defesa ganhou impulso na crise com os militares, após os atos golpistas de 8 de janeiro. Foi uma forma encontrada para garantir a aproximação das Forças com o governo Lula, por meio da implementação dos projetos prioritários de Exército, Marinha e Aeronáutica.
Além da Defesa, o Novo PAC tem outros seis eixos, que já haviam sido divulgados pelo governo: transportes, infraestrutura urbana, água para todos, inclusão digital e conectividade, transição e segurança energética e infraestrutura social.