Receita envia 400 mil cartas para contribuintes que caíram na malha fina do IR

Por PATRICK FUENTES

Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Receita Federal começou a enviar cartas para 400 mil contribuintes de todo o Brasil que estão na malha fina do Imposto de Renda 2022.

O envio começou nesta segunda-feira (25) e será concluído no dia 16 de outubro. O projeto pretende ajudar contribuintes a regularizar pendências e evitar penalidades como multas de ofício.

Dentre os erros mais comuns que levam a declaração à malha fina estão:

- não declarar rendimentos recebidos;

- não incluir rendimentos obtidos pelo dependente;

- não informar todos os rendimentos de aposentadoria, quando titular ou dependente recebem benefício de mais de uma fonte pagadora;

- errar o valor ou o ano de realização da despesa médica declarada;

- informar como despesa médica gastos que não podem ser deduzidos;

- informar deduções não aceitas pela legislação

Para consultar as pendências identificadas na declaração do IR, não é necessário comparecer presencialmente à Receita Federal. A consulta está disponível no "Extrato da DIRPF", que pode ser acessado na página do e-CAC (Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal) na internet.

Segundo dados da Receita divulgados na última sexta-feira (22), 1,4 milhão de contribuintes caíram na malha fina em 2023, o que representa 3,1% do total. Deduções do Imposto de Renda lideram motivos, seguidas de omissão de rendimentos e diferença entre o imposto declarado pelo contribuinte e o informado pela fonte pagadora, entre outros.

Entre março e setembro deste ano, a Receita recebeu 43,5 milhões de declarações do Imposto de Renda 2023. Do total de declarações retidas na malha, 955 mil têm imposto a receber, 386 mil têm imposto a pagar e 26 mil têm resultado zero, ou seja, entre não há IR a restituir nem a pagar.

Do total das declarações na malha fina, 58,1% estão ligadas a deduções com falhas, sendo que as despesas médicas são o principal motivo. São 42,3% de erros ao tentar deduzir gastos médicos. Neste caso, o contribuinte pode ter tentado obter desconto ao declarar despesas não permitidas em lei ou não ter como comprovar o gasto.