Lula critica previsão da OCDE para a economia brasileira
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta terça-feira (19) a análise e previsões feitos por organizações internacionais sobre a economia brasileira, citando especificamente a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
Lula não mencionou especificamente qual previsão se referia. No entanto, a organização divulgou um relatório no dia anterior no qual aponta a perspectiva de aumento da dívida pública brasileira, mesmo com a aprovação do arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional.
"Você fica vendo manchetes, e hoje eu vi uma manchete que me deixou irritado. Eu fiquei muito irritado. Eu vi uma manchete da OCDE fazendo julgamento da economia brasileira. Eu quero até aproveitar essa gravação aqui para dizer para o pessoal da OCDE que, quando chegar no final do ano que vem, eu vou convidar vocês para tomar um café para provar que vocês erraram em relação a previsão que vocês têm do Brasil", afirmou o presidente.
Lula realizou na manhã desta terça-feira a sua tradicional transmissão ao vivo na internet, o Conversa com o Presidente.
Essa não foi a primeira vez que o mandatário critica as previsões de organizações internacionais para a economia brasileira. Lula já havia atacado a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
O presidente chegou a afirmar que queria se encontrar com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, durante a realização da COP 28, no fim do mês passado, para mostrar que as previsões do órgão estavam erradas.
Lula também aproveitou sua fala na transmissão para elogiar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela aprovação da reforma tributária. Disse que Haddad fez um "trabalho extraordinário" ao conseguir negociar o avanço das reformas econômicas.
"Acho que o governo tem ido bem, ministros estão todos muito dedicados. Acho que o trabalho que os líderes fizeram, que [Fernando] Haddad fez no Congresso Nacional foi extraordinário para conseguirmos aprovar tudo o que está sendo aprovado]", disse o presidente.
"Fazer uma política tributária no regime democrático é novidade no Brasil", completou.