Acompanhe a cotação do dólar e a movimentação na Bolsa nesta sexta
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu a sessão de sexta-feira (16) em estabilidade, com os investidores aguardando os dados da inflação ao produtor nos Estados Unidos. Os números, que serão divulgados nesta manhã, podem mudar as expectativas do mercado financeiro quanto à política monetária da maior economia do mundo.
Às 9h05, o dólar estava estável, cotado a R$ 4,9685 na venda.
A previsão de economistas é que a inflação ao produtor, o PPI (na sigla em inglês) tenha subido 0,1% em janeiro, na avaliação mensal, depois de uma contração de 0,1% em dezembro.
Na comparação anual, a expectativa é que o índice desacelere de 1% para 0,6%.
Quanto ao núcleo do índice, que exclui os itens voláteis como alimentos e energia, a expectativa é que ele tenha desacelerado de 1,8% em dezembro para 1,6% em janeiro.
Outro indicador aguardado pelo mercado é o índice Michigan de Percepção do Consumidor de fevereiro, que será divulgado as 12h.
Além disso, às 11h, Michael Barr, vice-presidente de Supervisão do Fed, deve discursar em público, dando pistas sobre o caminho dos juros americanos.
À tarde, Mary Daly, membra do Comitê de Política Monetária do Fed também fala.
Na quinta-feira (15), o Ibovespa se valorizou 0,61%, a 127.804 pontos, impulsionado pela alta de 3,19% nas ações da Petrobras (PETR4) e por indicadores econômicos dos Estados Unidos.
Os papéis da estatal acompanharam os ganhos do petróleo Brent (referência internacional). O barril fechou em alta de 1,5%, a US$ 82,86, na esteira da desvalorização do dólar no âmbito internacional. O índice DXY, que mede a força da moeda, cedeu 0,42%.
Contra o real, o dólar oscilou perto da estabilidade e fechou em queda marginal de 0,07%, a R$ 4,9681, depois de ter subido para R$ 4,97 na véspera.
A desvalorização do dólar veio após o governo americano divulgar que as vendas do varejo no país caíram 0,8% em janeiro, mais que os 0,2% esperados por economistas consultados pela Bloomberg, na comparação com dezembro. A alta de 0,6% do mês anterior, por sua vez, foi revisada para 0,4%.
Já a produção industrial americana encolheu 0,1% em janeiro ante dezembro, resultado também pior que a alta de 0,3% esperada pelos economistas.
Os dados sugerem que a economia americana pode estar perdendo força, o que aliviaria a inflação e abriria caminho para o Fed (Banco Central dos EUA) cortar juros, reduzindo a atratividade da divisa americana ao mesmo tempo em que beneficiaria o crescimento da economia, reduzindo o custo do crédito.
Outro dado do governo americano divulgado nesta quinta, porém, vai no caminho contrário. Na semana passada, 212 mil americanos pediram auxílio desemprego, 8.000 a menos que na semana anterior. Economistas esperavam a manutenção no ritmo dos pedidos em 220 mil.
O número indica que o mercado de trabalho nos EUA continua resiliente, o que tende a fortalecer os preços, já que o poder de consumo segue forte.
Juros mais baixos nas economias avançadas tendem a elevar a atratividade de moedas de países emergentes, que, embora sejam mais arriscados, também costumam ser mais rentáveis. No entanto, ao contrário da Europa, os Estados Unidos têm mostrado resiliência econômica, o que deixa operadores na expectativa por mais dados americanos.
Em Wall Street, o viés foi positivo. O S&P 500 subiu 0,58% e renovou seu recorde de pontuação, a 5.030 pontos. O Dow Jones teve ganhos de 0,91% de o Nasdaq, de 0,30%.