Estácio lança curso gratuito que incentiva discussões sobre mudanças climáticas
Disponível de forma online, os alunos recebem certificado ao final dos estudos
Com o objetivo de trazer mais informações sobre a questão ambiental e, principalmente, sobre as mudanças climáticas, a Faculdade Estácio de Sá lançou um curso gratuito e on-line chamado “Introdução à Educação Ambiental”. Segundo a Instituição, o aluno consegue ter um entendimento maior do que está sendo debatido hoje no mundo. Ao final do curso, os alunos devem receber um certificado de conclusão que pode ser usado no currículo para o mercado de trabalho.
Quando surgiu a necessidade do debate?
Nos últimos tempos, o Brasil tem passado por desafios em decorrência das mudanças climáticas. A região norte do país, conhecida por suas florestas tropicais e enormes rios, agora está sob os holofotes devido a uma seca persistente que tem impactos profundos. Os rios amazônicos, essenciais para a biodiversidade e as comunidades locais, estão sofrendo níveis alarmantes de baixa de água. A seca na região está relacionada a diversos fatores como El Niño, aquecimento global e degradação da Amazônia. Inclusive, esse aumento nas temperaturas, além de prejudicar a vida aquática, tem impactos significativos na agricultura e nas comunidades que dependem dos recursos naturais da Amazônia.
Sobre isso, o engenheiro ambiental e professor da Estácio, Robson Costa, explica que o que vem acontecendo na Região Norte do país "são as consequências nefastas da má gestão ambiental mundial. Uma das razões discutidas para este fato é devido ao aquecimento das águas do oceano Atlântico. Esta diferença de calor, faz com que camadas de ar atmosférico criem ‘barreiras’ para a formação de nuvens de chuvas na Região Norte, e consequentemente, aumentando a seca nestes importantes rios. Além disso, as queimadas e fenômenos como o El Niño, contribuem para este quadro alarmante.”
De certa forma, essa situação serve como um alerta de que o Brasil e o mundo precisam agir com urgência para combater as mudanças climáticas e, para enfrentar esses desafios, se faz necessário um esforço coordenado que envolva a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e a proteção contínua das florestas tropicais, sendo não apenas uma preocupação ambiental, mas também uma necessidade econômica e social para o Brasil.
O papel desempenhado pelo El Niño
A condição de seca na região se deve ao El Niño, um fenômeno natural que se caracteriza pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. Durante esse período, por causa do aquecimento, os padrões de vento e precipitação são alterados, resultando em uma redução das chuvas na região amazônica, tornando o clima mais seco. A seca, por sua vez, pode contribuir para o aumento do desmatamento e incêndios florestais, já que a vegetação fica mais vulnerável. Além disso, a diminuição das chuvas pode impactar a biodiversidade, afetando a vida vegetal e animal na Amazônia.
“De um lado, há o El Niño, que aumenta a temperatura das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Esse fenômeno altera os padrões de ventos, umidade, temperatura e chuvas, em particular em regiões tropicais. No Brasil, traduz-se em menos chuvas e aumento das temperaturas em parte das regiões Norte e Nordeste. Do outro lado do continente, há o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, que fica logo acima da linha do Equador e inibe a formação de nuvens, reduzindo o volume de chuvas na Amazônia. Esse fenômeno não é cíclico e é o elemento surpresa. Ele está piorando as consequências do El Niño”, diz a Debora Rodrigues Barbosa, geógrafa e professora da Estácio.
Para saber mais sobre o curso, acesse aqui.