Elizabeth Soares Elizabeth Soares 12/4/2011

Como transformar críticas em melhor desempenho

IlustraçãoO profissional que trabalha em uma empresa que busca resultados, qualidade e desempenho se depara com a necessidade de desenvolver sua habilidade para suportar as pressões das críticas. Elas chegarão de vários lados: tanto do chefe quanto dos clientes, sejam os internos (colegas que dependem do meu trabalho) ou os externos (os clientes propriamente ditos).

Conversando com profissionais de várias empresas, ainda me deparo com uma postura bastante aborrecida em relação às críticas. Boa parte dos profissionais não concorda como as críticas lhes são feitas.

Afinal, o que são as críticas? De acordo com o dicionário, críticas são apreciações minuciosas e na sua maioria, desfavoráveis em relação a uma obra.

É aí que está a chave para compreendermos o porquê de tantas emoções negativas desencadeadas em quem recebe uma crítica. Quem faz uma crítica não deveria se dirigir ao autor, mas sim, à sua obra.

Em meio às emoções, as críticas podem tomar um ar muito pessoal, e o "autor" da "obra", ou seja, o profissional autor das atitudes que gerou a crítica, acaba sentindo-se ofendido e desvalorizado enquanto pessoa.

Eu concordo que um número considerável de profissionais em cargo de comando ainda não desenvolveu suficientemente a habilidade para fazer "críticas construtivas". Entretanto, se você deseja ser um profissional reconhecido por melhores resultados, precisará lidar com o fato de que, muitas vezes, as críticas não chegam estruturadas e respeitosas. Em especial, os clientes demonstram uma tendência a fazer críticas de forma pessoal, ofensiva e carregada de emoção.

E por que, então, devemos aprender a lidar com as chamadas "críticas destrutivas"? A resposta é simples: quem faz uma crítica provavelmente constatou o impacto negativo de algo que eu fiz ou deixei de fazer. Mesmo que a minha intenção tenha sido boa, o resultado da minha atitude não atingiu o que o outro esperava.

Sendo assim, diante de uma crítica, por mais injusta que pareça, temos algumas escolhas:

  • Aborrecer-se, não concordar e continuarmos agindo como sempre fizemos;
  • Ironizar e assumirmos uma postura de ridicularizar o chefe ou o cliente, comentando com os colegas;
  • Tentarmos compreender quais foram as atitudes que geraram a crítica, fazendo perguntas do tipo: "O que não deu certo? Onde eu poderia ter agido diferente?".

De um modo geral, as pessoas costumar adotar uma postura emocional de julgamento (defesa x ataque) ou uma postura compreensiva dos fatos (perguntas x respostas). Nos próximos dias, experimente observar suas atitudes, os impactos que elas causam e as possíveis críticas que cheguem a você. Ponha o foco na "obra" e descubra de que outras formas você pode agir para obter um resultado ainda melhor. Agindo assim, é possível que você culpe menos a si mesmo ou aos outros e passe a ter uma visão mais voltada para a solução dos problemas. Isso pode ajudá-lo a enxergar os fatos com um equilíbrio maior e ainda ser visto como alguém que age de forma "pró-ativa". Vamos tentar?


Elizabeth Soares
Psicóloga e Coach-Executiva


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