Martine e Kahena têm campanha irregular e ficam em 7º no Mundial
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Maiores atletas da história da classe 49erFX de velas, Martine Grael e Kahena Kunze não fizeram um bom Mundial em 2022. As brasileiras encerraram a participação no torneio realizado na Nova Escócia, no Canadá, nesta segunda-feira (5), com o sétimo lugar entre 36 barcos que competiram na 49erFX.
Atuais bicampeãs olímpicas, Martine e Kahena só ganharam um título mundial, em 2014, mas estão acostumadas a irem ao pódio. No currículo, elas ainda têm outras quatro medalhas de prata (2013, 2015, 2017 e 2019), além do bronze no ano passado e de um quarto lugar em 2018. Contando as medalhas olímpicas, são oito pódios em grandes competições em nove anos de 49erFX como classe olímpica.
O sétimo lugar agora, assim, é um resultado abaixo da curva das brasileiras, que só haviam ido pior uma única vez, em 2020, quando terminaram na 12ª colocação.
No Canadá, as brasileiras tiveram uma jornada muito diferente da que estão acostumadas. Em 16 regatas até a medal race, elas só terminaram entre as cinco primeiras em três oportunidades. Na regata da medalha, quando já não tinham chance de pódio, ficaram em quarto. No total, somaram 184 pontos perdidos, contra 113 das holandesas Odile Van Aanholt e Annette Duetz, que foram campeãs. O barco sueco que terminou em segundo teve 134 pontos perdidos e as espanholas ficaram com o bronze com 151 pontos perdidos.
Nas outras duas classes que tiveram provas neste Mundial no Canadá, o Brasil também não foi bem. Na 49er, versão masculina da 49erFX, Marco Grael e Gabriel Borges terminaram em 26º, na pior campanha do irmão de Martine em Mundial desde 2016. Dante Biachni e Thomas Low-Beer terminaram em 48º.
Na Nacra17, os dois barcos que devem concorrer entre si por um lugar em Paris-2024 tiveram campanha semelhante. Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino de Sá ficaram em 17º, enquanto João Siemsen e Marina Arndt acabaram em 20º. Samuca e Gabriela também vinham de resultados melhores: foram quinto em 2018, 11º em 2019 e 10º colocados e Tóquio-2020. Eles não competiam internacionalmente desde a Olimpíada.