Falcão e outros brasileiros avaliam que Ancelotti teve sucesso porque é competente
SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - Carlo Ancelotti, experiente treinador que comanda o Real Madrid desde junho de 2021, é um dos especulados a suceder Tite no comando da seleção a partir do ano que vem. Mesmo sem ter trabalhado na América do Sul, o italiano possui uma relação próxima com diferentes brasileiros do mundo do futebol.
Um deles é Paulo Roberto Falcão, ex-meio-campista que dividiu o vestiário com "Carletto" entre 1980 e 1984 na Roma -e que hoje trabalha como coordenador do Santos.
Uma possível dobradinha na CBF, aliás, é vista com bons olhos por Walter Casagrande Jr, ex-atacante e colunista da Folha de S.Paulo e do UOL. "Eles jogaram juntos, são amigos, se admiram e possuem uma afinidade importante. Seria uma mudança de categoria imensa. [...] Ele ajudaria muito Carletto a entender como funciona o Brasil como país, e, principalmente, no futebol", disse ele.
Em entrevista recente ao UOL, Falcão confirmou a amizade e encheu Ancelotti de elogios ao falar sobre a boa relação que o italiano tem com seus comandados.
Ele tem o lado brincalhão. É um cara simples. A hierarquia tem que acontecer, mas é um cara que conversa com os jogadores, que dá condições para o jogador falar. E escala os melhores, independentemente de nomes. Ele não tem sucesso à toa, chegou aonde chegou porque é muito bom. É um cara maravilhoso e que merece, que sabe levar a 'boleirada' e não tenta ser mais importante que os jogadores. Os caras adoram ele"
PAULO ROBERTO FALCÃO
Além do atual coordenador, Ancelotti trabalhou com uma série de brasileiros em sua vasta carreira tanto como jogador quanto como treinador.
A lista tem, além de Militão, Rodrygo e Vinicius Júnior -atuais atletas do Real Madrid-, grandes nomes do cenário mundial, como Dida, Kaká, Roque Júnior, Rivaldo, Toninho Cerezo, Cafu, Amoroso, Élber, Adailton e Ricardo Oliveira.
Alguns deles já falaram ao site UOL sobre o italiano.
Amoroso: "É um cara que, quando tem o carinho dos atletas, vencerá onde estiver, tudo por ser um técnico que jogou com craques e por ter sido um grande atleta. Taticamente, ele tem, na sua essência, saber marcar e saber jogar. Se seu clube tiver os dois, você será campeão. Ele tem as duas coisas em seus times."
Élber: "Ele deixa os jogadores à vontade, não é aquele treinador que fica gritando no campo toda hora para o atleta correr mais. Ele deixa com o jogador, que tem que ser profissional o suficiente e saber se deu tudo para a equipe ou não. Os jogadores têm muito respeito por ele, isso é nítido."
Adaílton: "Acho que mais do que o discurso momentâneo que ele tem, ele faz você acreditar que você é um jogador de nível alto que pode sempre reverter os resultados. Que os resultados dependem do que você faz dentro do campo e que, a qualquer momento, as coisas vão acontecer se você continuar acreditando."