Messi e Mbappé tentam quebrar 'maldição' de melhor da Copa; entenda

Por Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - Restam apenas quatro seleções na disputa pelo troféu mais cobiçado do futebol. Argentina, Croácia, França e Marrocos começam nesta quarta-feira (13) a definir seu futuro na Copa. Paralelamente à disputa do título, craques dessas quatro equipes lutam para quebrar uma sina envolvendo outro troféu: a Bola de Ouro da Copa do Mundo.

Desde 1994, quando Romário foi eleito melhor jogador da Copa do Mundo nos EUA, nenhum jogador conseguiu levar para casa os dois troféus e os craques das Copas seguintes ficaram pelo caminho da conquista coletiva. No primeiro duelo das semifinais, entre Argentina e Croácia, estão dois exemplos recentes: Modric em 2018 e Messi em 2014, ambos vice campeões, conquistaram a honraria individual.

Assim foi nas últimas seis Copas do Mundo: a Bola de Ouro serviu apenas como 'prêmio de consolação' a jogadores que não conseguiram conduzir suas seleções ao título. Em cinco delas, o craque jogou a final, mas saiu de campo derrotado: Além de Messi e Modric, Ronaldo em 1998, Oliver Kahn em 2002 e Zidane em 2006 bateram na trave.

O 'pior' Bola de Ouro das últimas Copas foi Diego Forlán, que, diferentemente dos demais, não disputou a final da Copa de 2010, entre Espanha e Holanda. O Uruguai de Forlán foi o quarto colocado na África do Sul, perdendo a disputa de terceiro lugar para a Alemanha. Mesmo assim, o ex-atacante de Manchester United, Atletico de Madrid e Internacional foi eleito melhor jogador da Copa.

Craques tentam quebrar tradiçãoNo Qatar, alguns dos melhores jogadores do mundo seguem na disputa para acabar com a 'maldição' e conseguir, finalmente, sair da Copa com ambas conquistas. Os principais candidatos à Bola de Ouro da Copa do Mundo jogam juntos e ambos carregam a camisa 10 de suas seleções: Messi e Mbappé.

O francês, atual campeão e eleito Revelação da Copa da Rússia, é o artilheiro da competição em 2022, com 5 gols, e tem duas assistências, somando 7 participações em gols. Aos 23 anos, é o principal nome de sua seleção na disputa pelo bicampeonato consecutivo e desponta como um dos favoritos ao prêmio de melhor jogador.

O camisa 10 argentino faz, para muitos, a sua melhor Copa do Mundo e quer coroar a boa atuação no Qatar com o título, em sua última Copa. Na cola de Mbappé, com 4 gols, Messi deu ainda duas assistências, participando diretamente de 6 gols argentinos na campanha. Com 37 anos, Messi busca sua segunda final e quer reverter a derrota sofrida no Brasil, em 2014.

Vivos na disputa, mas tratados como 'azarões' - tanto para vencer a Copa quanto na briga para ser o melhor jogador - os destaques de Croácia e Marrocos também querem fazer história. Os croatas buscam a segunda final consecutiva, feito conquistado apenas por cinco seleções: Itália (1934 e 1938), Brasil (1958 e 1962 e 1994, 1998 e 2002), Holanda (1974 e 1978), Alemanha (1982, 1986 e 1990) e Argentina (1986 e 1990).

Aos 37 anos, o camisa 10 Modric é um remanescente da campanha de 2018 e quer repetir o feito. Por Marrocos, Hakimi, Ziyech e En-Nesyri são os principais nomes da única seleção africana a disputar uma final de Copa do Mundo na história.

Nestas terça e quarta-feira (14) o mundo conhecerá os finalistas e, no domingo (18), às 12h no Lusail, a questão será respondida: o craque da Copa será da seleção campeã ou novamente servirá como conforto a quem perder o título?